segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Encontro e desencontro (ainda mais um poema quântico, que noutras épocas seria chamado dialéctico)

É um iô-iô, que
enrola e desenrola, no fio da vida. Parece que nos
encontramos e depressa nos desencontramos.
Desencontrar é natural.
Desencontro e encontro estão em níveis quânticos diferentes, é mais provável
desencontrar que encontrar.
Encontrar é esquivo.

Encontro, pois, um silogismo lógico que me leva a afirmar: Encontremo-nos e esqueçamos os desencontros. Um encontro vale (certamente) vários desencontros. E finalmente afirmar, com um certo despudor:
Encontrar é um caminho para o Nirvana.

domingo, 21 de setembro de 2008

A certeza da incerteza (um novo poema quântico). Poema para o CERN de todos nós

É um estrondo,
É pequeno,
É esconso.
É uma colisão.
São as mesmas partículas do nosso corpo.

A corrente parte, e as pessoas, por vezes,
Ficam,
Há um caminho escondido que se ri, que atrai
Lágrimas embutidas em lenços de papel.

A certeza da incerteza, não é filosófica, é quântica. Abre
Novos horizontes no pensamento humano. Só se percebe
No infinitamente pequeno, mas isso é o bastante.
Um sentimento é sempre pequeno antes de crescer.
O sentimento é sempre grande antes de gelar.

Partir é apenas uma equação
Do ficar.
Somos sempre dialéticos, naquilo que a dialética, numa perspectiva
Não marxista, tem de incerteza.
É um caminho que se desloca do Big Bang
Para para o Big Freeze.

Entre esse caminho ficámos perdidos.
Mas é certo que pouco interessa na dimensão e incerteza
Do Universo.