sexta-feira, 13 de março de 2009

Tempestade

Ondas curvam entre pedaços de rosmaninho
Insidiosas. Na compreensão do requebro.
Plantadas num sentido uniforme. Aquosas,
Transportadas para colóquios de penas besuntadas com
Mel. É um requerer, um jantar pequeno, na noite.
Abrem-se os portões da casa de Eólio.

Intuitivo, guloso e entretecido entre este canavial. O
Vento ruge embutido entre as árvores. Que ricocheteiam
Numa dança icónica. O
Tempo fica plasmado na violência do sopro selvagem,
Perdido na sua fúria.

Ontem como se estivesse no perfeito dia. Âncora perdida
Na neve que flui do céu estilizado de
Cinzentos, rotas dramatizadas em gê pê esses. Os
Sons parecem brunidos em fogos estilhaçados.

De manhã acalma. Numa bonança
Esotérica. Encerrada num espaço fechado e temporal. Quase
Assinalando o renascer de um dia.

O Sol deglute as sombras que se abrem para
Os horizontes agora diáfanos, visíveis e aprazíveis,

Mais uma mudança climática diluída na tempestade.