quinta-feira, 29 de abril de 2010

terça-feira, 27 de abril de 2010

Os amores…

Adivinha,
Fala,
Escreve
Porventura uma mensagem
Virtual,
Acaricia-me,
Ama-me,
Grita e
Esquece-me
Nessa névoa encantada e
Sebastiânica,
Onde permanecem
Prisioneiros,
Reféns deles mesmo,
Mas sempre recordados e
Envoltos em saudade,
Os amores desperdiçados…

domingo, 25 de abril de 2010

Estremeço

Estremeço,
Embeveço,
Enlouqueço…

Por contigo
O meu sonho
Se encontrar!

sábado, 24 de abril de 2010

Em ti

Em ti pulsa
Um coração
Pleno de emoção!
E eu gosto dele assim
Porque é aquilo que és!

sexta-feira, 23 de abril de 2010

A energia

Escutar a energia que nos alenta
Traz-nos memórias e
Guia-nos por entre desafios,
Aproxima o nosso próprio entendimento,
Vive e cresce
Com a própria vida!

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Rubicão

Amo-te
Como o relâmpago se completa
No trovão,
Como se a tua alma fosse, num
Único dia de vida,
A minha própria consciência,
Como a água fresca mata
A sede,
Amo-te
Ainda que seja preciso
Atravessar obstáculos,
Fogos e éticas absurdas.
Que seja necessário
Ultrapassar o Rubicão,
Lá estarei,
Já do outro lado,
Com uma mensagem de esperança e
Amor.

Stay with me, Vaya con Dios

terça-feira, 20 de abril de 2010

Noite

Enlaço a noite
Com a sofreguidão
De estreitar uma velha amizade,
Abarco a imensidão da negritude,
De modo a
Captar o sortilégio que dela escapa,
Navego na torrente, e
Escuto o rumor que ao de leve
Assoma de forma imprecisa mas real.
O encantamento perdura na imensurabilidade
Das galáxias que se disseminam em
Pontos minúsculos que brilham,
Ardem, faíscam,
Coruscam,
Estremecem, gritam,
Abrangem de forma imponderável
O absoluto.

sábado, 17 de abril de 2010

Esquecimento

Recordei-me de ti
E nesse preciso momento,
Nesse mesmo instante,
Num ápice fulgurante…
Esqueci-me!

Olvidei a tua voz, a tua face,
O teu corpo, a tua realidade.

Esqueci-me de ti,
E curioso,
No fim…
Só resta o pó
A esvoaçar suavemente
Na leve aragem
Que percorre o corpo.

E o esquecimento,
Numa ocasião rara e fascinante
Converte-se
Numa recordação querida e
Amada.

Watch Her Disappear, Tom Waits

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Melancolia

(Uma centelha de romantismo, ainda que perdida no século XXI, não deixa de ser uma incongruência apelativa!)

Melancolia
É uma palavra suave,
Nem assustadora nem pelintra,
Mais do que uma emoção
Traduz um passado
Vivido numa luz crepuscular,
Num pôr-do-sol afogueado.
Não é o riso sadio
Mas também não é o choro convulsivo,
É calma como os meandros
De um rio preguiçoso.
Alimenta o dia-a-dia da poesia,
É uma sensação bucólica
Perdida neste mundo urbano,
Lógico e mundano.
Merecia certamente um cartaz,
“Procura-se viva
Que morta já está”.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Uma vida…

Um dia em que se corre para um destino,
Uma semana que se abre para o desconhecido,
Uma vida que seja experimentada,
Uma alma que seja habitada,
Uma paixão sentida
Ainda que negada,
Um futuro pressagiado,
Uma escrita desejada…
É um intuito cumprido
Embora para o satisfazer
Seja preciso viver uma vida...

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Perfume primaveril

Chilrear dos pássaros,
Perfume primaveril,
Acendem reminiscências
Que envolvem o ar,
Imprimem no desconhecido,
De uma forma indissolúvel,
A tua maneira de ser e o
Amor que por ti sinto.

sábado, 10 de abril de 2010

Mágica presença

A chuva abate-se com fragor e violência
Sobre o telhado,
O vento desamparado
Estremece de furor,
As árvores rangem de pesar,
A lua esconde-se temerosa e fugidia.
E no meio deste caos,
O som do espanta-espíritos
Flui calmo e confiante,
Reavivando as recordações
Da tua mágica presença.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Fragmentos da memória de um dia cinzento

A profundidade do mundo na
Mão esparsa de uma mulher.
O riso dilui-se na aragem fluida e
Crepuscular.
O ADN mitocondrial personifica o caminho
Seguro e linear para uma Eva primordial.
A dúbia solução bifurca-se num dédalo
De conexões neurais.
O nevoeiro denso esconde a dor armazenada
No passar dos dias.
A agonia lenta de uma emoção que se
Esvazia num pântano imemorial.

Longe
Tão distante que a voz
Esbate-se nos ecos,
Derrama-se na terra,
Esconde-se na sombra.

Longe,
Tão distante que a imagem
Incinera-se na fotografia imaginada,
Transforma-se em cinzas e
Voa livre e perdida.

Longe,
Tão distante que a memória
Esborrata-se numa recordação imprecisa,
E dilui-se na correnteza do rio
Que se espraia no mar.

Restam fragmentos destroçados que
Flutuam no espaço negro e vazio.
Amargos restos de uma seara outrora
Vibrante.
Revivem na superfície vítrea
De um dia cinzento.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Refúgio

O teu corpo é o meu refúgio,
Bálsamo trepidante,
Emoção que desenlaça
Para lá dos sentidos,
Espiral íngreme
Difícil de conquistar,
Doce de saborear.

Ainda a propósito das assimetrias

A certeza de desejar
Colide com a incerteza de
Não saber!

E o que poderia ser um
Idílico e suave prado
Transforma-se numa montanha,
De ravinas profundas e
Picos aguçados!

Agiganta-se a intenção
De tentar alcançá-la,
Freme a vontade de
Transpor a sombra e
Abarcar o Sol,
Promove o engenho,
Aguça a curiosidade,

Volve a vida
Mais interessante.
A beleza,
A profundidade,
O mistério,
O prazer...
Desembocam na assimetria,
Que de tão natural,
Rejuvenesce simétrica!