domingo, 30 de maio de 2010

O lento escapar do dia

Do lento escapar do dia
Emerges de um fundo cinzento,
Como uma imagem multicolorida
Envolta numa enigmática bruma
Em que te refugias.
E o dia submerge na noite,
Adensa as sombras,
Implode o pensamento que
Num rápido vislumbre,
Rodopia num bailado frenético,
Colapsa as sensações em
Reminiscências quase
Imperceptíveis que
Serenam e suavizam as
Recordações.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

O olhar errante

O olhar errante
No horizonte distante e inatingível,
Fica o desejo,
A vontade de procurar,
O sonho de compreender,
A liberdade de te imaginar,
De te tocar,
Ainda que na utopia do devaneio.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

A entrada

A entrada,
Saída,
Busca de uma trajectória,
Gera uma pergunta,
Eclipsa uma dúvida e
Mergulha numa perplexidade.
A suspeita desflora a interrogação,
Ponto de partida que se confunde
Com a chegada,
O percurso pleno de sinuosidades,
Umas côncavas outras necessariamente
Convexas.
Arqueia o raciocínio na procura da causa,
Da rota,
O fio-de-prumo impõe caminhos,
Atalhos onde se perde,
Trilhos onde se encontra,
A álea de flores coloridas
Deslumbra o jardim,
Tece melodias que
Magnetizam a aragem fresca,
Imprimem recordações duradoiras,
Enamoram o crepúsculo e
Embalam num delicioso abraço
No fenecer do idílio,
No alvorecer de outro!

domingo, 23 de maio de 2010

sábado, 22 de maio de 2010

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Sortilégio

Emana do teu corpo
Um sortilégio tal
Que encanta como
Uma serpente mágica
Sedutora.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

A solidão eclode

A solidão eclode,
Assim num dia de
Canícula primaveril,
Tomba com um frémito,
Opressiva e basculante,
Cobre todo o corpo
Com uma fina
Mas intransponível película
Que isola e
Esconde.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

O beijo

O beijo,
Um simples e tocante
Beijo
É (por vezes)
Uma promessa tão forte que
O pensamento pára,
O Universo acelera para lá
Dos limites da velocidade da luz,
Os neurónios saracoteiam
Numa miríade de luzes multicoloridas,
As ideias entrechocam-se sem nexo,
A fluidez da palavra esgueira-se
Em ocultos recantos,
O coração olvida uma batida e
A ternura desagua
No corpo tremente.
Assim o senti!
E tu?

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Sensações dialécticas

Corpos que se atraem,
Sensações que unem,
Sorrisos que enlevam,
Olhares que cativam,
Pensamentos que aproximam…
Uma agonia que divide,
Um costume que aparta,
Uma dúvida que se agiganta…

quinta-feira, 13 de maio de 2010

quarta-feira, 12 de maio de 2010

O desejo submerge

O desejo submerge a torrente
Numa fábula encantada onde
O teu corpo imprime ondas telúricas
Ao meu devaneio,
Um cataclismo,
Turbilhão de prazer,
Fascínio que amálgama
Os nossos corpos
Numa maré de prazer.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Longe, longe, longe

Longe, longe, longe…
Tão longe e
Ainda mais,
Perdida
Na razão da vida,
Na incerteza dos sentimentos,
Para lá do horizonte,
Além do consciente,
Em lugares recônditos,
Sáfaros, irrequietos,
No limiar do infinito,
Já delida na memória,
Dissolvida nas recordações,
Reminiscência dos tempos,
Crisálida criptográfica
Metamorfoseada numa ideia,
Fímbria da oportunidade que
Se malbaratou mas
Nunca desprezada
Nem esquecida!
Simplesmente venerada!

sábado, 8 de maio de 2010

Emoções

Toco a tua boca com
Lábios de fervor,
Acaricio a tua língua com
Ímpeto,
Bajulo os teus olhos com
Veemência,
Afago a tua pele com
Carinho,
Recebo o teu tremor com
Volúpia,
Envolvo-me nos teus braços com
Harmonia,
Delicio-me com
O teu ardor,
Beijo-te com
Amor!

sexta-feira, 7 de maio de 2010

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Dentro de ti

Se fosse possível
Viveria dentro de ti e
Escutava todos os teus pensamentos
E fantasias.
Reacendia as brasas,
Imolava-as num incêndio devastador.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Um olhar distante e indiferente

Um olhar distante e indiferente
Fere como lâmina acerada,
Rasga feridas profundas,
Vastos desertos,
Espaços abertos na floresta
Das emoções.

domingo, 2 de maio de 2010

Um futuro

Uma folha no fundo da chávena,
Esmorece num futuro profetizado.
Aos deuses compete vangloriar-se do destino,
Aos mortais cabe o propósito mais modesto
De experienciá-lo.