quarta-feira, 30 de junho de 2010

segunda-feira, 28 de junho de 2010

O teu olhar

O teu olhar tem fogo,
Tem gelo,
Desprezo,
Vivacidade,
Indiferença,
Amor,
Tristeza e alegria.

O teu olhar tem uma história
Que ainda não foi contada.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Perscruto o horizonte

Perscruto o horizonte,
Ao de leve,
Como se esperasse o sol que se eleva
Muito além das possíveis demandas.
Conjecturo o movimento a estender-se
Pelas ruas
E terminar no seio da interrogação.

Suspendo, por segundos, a respiração,
O sossego abraça-me na
Tranquilidade desta colina
Encostada ao oceano,
Ainda que longe em distância,
Perto em pensamentos.

Olho, mais uma vez, através da neblina
Que esfiapa os sentimentos,
Inculca-os em circunstâncias esquecidas,
Aprofunda o enigma,
Abre portas que encimam percursos,
Acolhe-nos com palavras de bonança,
Vocábulos de esperança.

Mais um passo, e aproxima-se o
Entardecer,
Envolve as memórias em ribeiros
Cristalinos que perfuram a solidez das pedras,
Refrigeram a sede,
Amansam a febre,
Aliviam a dor,
Apaziguam-nos
Serenam,
Pelo menos mitigam as
Tempestades.
Temperam a vida!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

terça-feira, 22 de junho de 2010

Suave carícia

Num espaço fechado entre muros
Herméticos,
Uma suave carícia,
Grava a diferença
Entre o amor
E a indiferença.

domingo, 20 de junho de 2010

Sorri

Sorri,
Sorri mesmo que ao de leve
E acorda o mundo
Que se afunda em petróleo derramado,
Em mudanças climáticas anunciadas,
Em crises económicas enviesadas,
Em discursos de políticos medíocres,
Em campeonatos de futebol apalhaçados,
Em concursos televisivos agoniantes.

Sorri,
Porque o teu sorriso proporciona ao planeta
A beleza que, neste momento, lhe falta.

sábado, 19 de junho de 2010

O que permanece…

Esmorece a recordação,
Definha o pensamento,
Afrouxa o sentimento,
Enfraquece o olhar,
Desfalece o corpo,
Deprime a agitação,
Esgota o engenho…
Fica a revivescência idealizada.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

quinta-feira, 17 de junho de 2010

O tempo

O tempo que colide num
Outro momento,
Arrasta-se
Dolorosamente,
Num perpétuo movimento,
Uma órbita profunda
Embutida no destino.

Um tempo
Sombrio, indistinto,
Lúgubre,
Indistinto de qualquer outro,
Ambíguo na sua ambição.

Um tempo
Conspícuo, respeitável,
Mas oculto em dúvidas e
Incertezas.

Um tempo
Paralelo,
Sem direcção assumida,
Sem imagens,
Sem forma
Nem propósito.

Um tempo
Antropófago,
Cravado nas forças telúricas,
Que irrompem,
Selvagens, indomadas,
Omnipresentes,
Iníquas.

Um tempo
Que se esgota em clepsidras
Borbulhantes espalhadas por superfícies
Imaculadamente brancas,
Assépticas,
Virgens de acontecimentos.

Um tempo
Ignoto, perdido
No labirinto da existência,
Uma época remota,
Delida na memória.

Um tempo
Arredado do
Tempo.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Aproxima-te

Aproxima-te,
Percebe a vontade dos corpos,
Os seus desejos,
Sente os seus anseios,
Percepciona a consciência
E queda-te aqui,
Junto da paixão.

Nesse sítio,
Preciamente aí,
A fragrância do teu ser,
Adquire um porte admirável e
Onírico.

Escuto os segredos do vento
Que reinventam o teu sorriso,
A perfeição do teu vulto,
O intelecto que perfuma o ar
Com promessas loucas,
Seguramente insensatas,
Mas ansiosamente procuradas.

sábado, 12 de junho de 2010

Ela

Ela,
Outrora vibrante,
É uma imagem esbatida
E melancólica,
Que persevera na memória.

She, Elvis Costello

quinta-feira, 10 de junho de 2010

As palavras

As palavras têm matizes,
Interpretações várias,
Por vezes antagónicas.
Transportam ódio, amor, indiferença.
Abalroam,
Explodem, atordoam,
Implodem,
Agridem ou são
Ternurentas,
São compreendidas ou
Geram mal-estar.
Escritas, faladas ou
Pensadas,
Originam exegeses diferentes.

Mas é possível escolher e
Gostar das palavras
(Muito para lá do seu possível conteúdo)
Pelo que
Acalentam de sentido estético e
De emoção pura!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

terça-feira, 8 de junho de 2010

Um momento de loucura

Um momento de loucura,
Só um breve instante de insanidade,
Para contigo voar
Para longe deste dia,
Dançar sobre as ruas desta cidade,
Adejar ao sabor do vento,
Enfunar o anelo
Como velas na intimidade da tempestade,
Ascender à estratosfera,
Acarinhar o desvario
E exaltar o amor.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Esquece o caminho

Esquece o caminho
Planeado,
Viaja sem rumo,
Interpela o desconhecido,
Pára,
Senta-te e
Escuta o coração,
Entrelaça os pensamentos,
Incute ânimo,
Responde às perguntas,
Abandona o refúgio,
Mostra-te,
Age com emotividade.

Perscruta o presente,
Liberta o futuro,
Encontra a autenticidade,
Corre, navega, voa
Expande a tua consciência,
E vive como desejas.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Simplesmente

Procuro a tua companhia,
A tua voz,
Afagar a tua mão,
Escutar o teu carinho,
Adormecer no teu regaço…
E simplesmente
Esquecer tudo o resto!

quarta-feira, 2 de junho de 2010

terça-feira, 1 de junho de 2010

A palma da tua mão

A palma da tua mão
Encerra o segredo do futuro
Que a tua alma cigana
Certamente intuirá.