quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Um novo ano


Um novo ano,
Uma sensação velha
Que se espelha
Numa miríade de ocasiões.
Caminhos de interrogações,
Uma procura sentida,
Destinos a abraçar,
Controvérsias para conquistar,
Idílios para acariciar,
Desejos de fantasia para preencher
Páginas em branco,
Imaginar a utopia de um mundo melhor,
E, mais do que tudo,
Sonhar e
Amar!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Granítica encosta


Granítica encosta
Sólida, robusta
E no entanto
Fragmentada,
Cataclísmica,
Imponderável.

Emoções opostas,
Inadiáveis,
Imprescindíveis na
Maneira de ter e
Ser.

Esta paisagem imemorial,
Mas não eterna,
Recorda-me aquilo
Que somos.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Um cardápio surreal


Assim sozinho,
Assim de cada vez que o mundo gira,
A luta diária que arrepia,
A tralha que atrapalha,
Um pássaro escondido que pia,
A desilusão arde como fogo em palha,
A soberba inclina-se humilde,
A trupe iconoclasta assobia
Perante a multidão rebelde,
Refugia-se numa enxovia,
O homem trôpego que se confessa
Num altar vazio,
A vida que decorre em qualquer latitude
Ou longitude,
A falta de atitude
Da maioria da Humanidade
Submersa em leviandade,
Agora os ventos mudam de quadrante,
Adicionam uma usura desmedida
Ao já exagerado e excessivo mercado,
Anexam uma personagem dissimulada
E tudo desagua num adjetivo tão banal
Como colossal!

sábado, 17 de dezembro de 2011

Ainda que…


Ainda que o tempo não o diga assertivamente,
Ainda que o meu olhar não seja perentório,
Ainda que a minha voz não soe eloquente,
Ainda que a minha escrita não pareça fluente,
Ainda que o meu toque não pareça quente,
Ainda que o mundo não o saiba,
Ainda assim proclamo-o sem temor,
Amo-te!

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

A chuva


A chuva eclode com estrépito,
Inunda campos desertos,
Semeia caminhos, possibilidades
Até agora escondidas,
Reativa uma terra perdida,
Despeja no esgoto
Políticos cansados e
Repelentes,
Acorda povos inertes e
Impotentes!
Lava corrupções e ilusões,
Franqueia novas e frutuosas perspetivas,
Desvenda novos futuros,
Funda um novo mundo!

Pelo menos assim aconteceu
No meu sonho!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Uma preciosidade


Uma preciosidade eleva-se,
Reluz no céu cinzento,
Estremece o ar de
Bondade e amor,
Engrandece a
Humanidade!

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

O amor apetece


Conhecer o
Mais profundo de ti…
E o amor apetece,
Aparece,
Cresce,
Floresce
E acontece!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Espero por ti…


Espero por ti…
No esquecer da manhã,
Na orla do entardecer,
Na obscuridade da noite,
Na quietude da madrugada.

Espero por ti…
Aqui mesmo neste lugar mágico,
Ali na esquina da rua,
Além na estrada perdida na paisagem,
Lá onde o sol brilha e a chuva embevece,
Algures em qualquer lugar.

Espero por ti…
Ainda que demore,
Neste preciso momento,
Mais tarde ou mais cedo,
Em qualquer altura do tempo.

Espero por ti…
Na sensibilidade dos corpos,
No entusiasmo do toque,
No enternecer da conversa,
Na distância que nos separa,
Na proximidade que nos une.

Espero por ti…
Em todos os lugares triviais,
Ou no mais invulgar dos sítios,
Numa localidade desconhecida,
Ou na mais famosa das cidades do mundo.

Espero por ti…
Por isso permite-me dizer-te…
Desvenda-te,
Revela-te,
Declara-te!

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Fiapos


Fiapos de outros tempos
Revolvem-se na areia da praia,
Emulam graciosos passos de dança,
Flutuam num lugar hibrido,
De permanência e mudança,
Equilibram-se de forma precária e
Delicada,
Manifestam incerteza,
Aludem contos de outrora,
Com significados obscuros e
Enigmáticos,
Talham caminhos em pedra que
Sulcam a paisagem
E
Elevam-se no ar,
Evaporam-se!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011