sexta-feira, 27 de abril de 2012

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Trinta e oito anos depois…


Trinta e oito anos depois…
Chuva,
Intempérie,
Borrasca intensa,
Céu negro de tempestade,
Vento sibilante,
Alvorada inclemente,
País dormente,
Vilipendiado,
Atormentado,
Torturado…
Até quando?

sábado, 21 de abril de 2012

Quero saber


Quero saber,
Quero uma esperança,
Quero ver um sinal,
Pressentir no ar,
Prever nas estrelas,
Que o teu sorriso não é fortuito.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Espera


Espera,
Não te vás já embora,
Fica mais um bocadinho,
Fala-me do teu dia,
De ti,
Dos teus sonhos e
Ambições,
Fala-me dos teus pesadelos
E medos.
Fala-me do vento nas árvores,
Da bebida fresca que embacia o copo,
Da poesia daquele livro
Com as páginas ainda em branco.
Fala-me da imensurabilidade do cosmo,
Da mais ínfima partícula da matéria.
Fala-me do tudo
E do nada.

Espera,
Não te vás já embora,
Fica mais um bocadinho,
E fala-me de amor!

segunda-feira, 16 de abril de 2012

A estranheza


A estranheza criada neste preciso instante,
Assume deliberadamente uma atmosfera de dúvida,
De inconstante incerteza,
Da impossibilidade,
Sim, do impedimento
Que se arvora e tudo
Embarga!

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Um espaço


Um espaço
Como uma vaga imensa,
Cheiro a maresia que se propaga,
Interfere com a cognição,
Endossa uma tumultuosa solidão,
Envelhecida em pensamentos pausados,
Reverbera lentamente pelo vácuo do pensamento.

A harmonia sonora de um corvo,
Recrudesce por entre as árvores do bosque,
Agita a folhagem,
Emerge,
Liberta-se,
Redime-se!

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Contigo


Digo,
Que contigo,
O momento acontece,
Embevece,
Permanece uma recordação
Que enaltece.

Contigo,
O tempo dilata-se,
Envolve-nos num círculo mágico,
O mundo emudece.

Contigo,
As palavras banais
Voam,
Alcançam emoções profundas,
Transformam-se em
Imagens maravilhosas,
Incontidas,
Assumidas.

Contigo,
Tudo o mais fenece, mas…
O amor resplandece.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Quero


Quero esquecer o teu nome,
A tua voz,
Os teus cabelos na brisa do entardecer,
A suave meiguice da tua recordação.
Quero rasgar todas as fotografias,
Obliterar todas as memórias,
Delir todas as reminiscências,
Dissipar todos os momentos,
Mitigar todas as mágoas,
Abolir todos os pensamentos.
Quero tudo esquecer,
Para de ti,
Tudo recordar!

domingo, 1 de abril de 2012

A noite


A noite em que adormeces
E o sonho foge.

A noite em que o luar se esbate
Sobre o mar,
As estrelas cintilam no firmamento,
Os corpos brilham em tons de cinzento.

A noite em que o mundo parou
E a história começou,
O vento acalmou,
Mas o fremir
Da tempestade redobrou.

A noite em que o tempo ronronou,
Aconchegado e agasalhado
Pelo alegre faiscar do fogo na lareira,
Enquanto eu, enternecido,
Todo o teu ser circundo
Num enleio emocionado.

A noite em que o amor germinou,
Brotou e
Floriu.