quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Encontro e desencontro


Encontro casual entre a rua e o café,
Um memorando e um diário por escrever,
Encontro entre as horas do dia e o desassossego
Da noite,
As mãos que se afagam e se apertam,
Enamorada, a serenidade, divaga num atencioso
Esperar,
Espairece,
Por um ténue momento, e
Desaparece!

domingo, 21 de outubro de 2012

Primeiro beijo


Aproxima-se um ensejo de para ti olhar,
Na vernácula convicção que, a incógnita
De um primeiro beijo,
Transcende a indecisão,
Aperfeiçoa o anseio,
Consuma a devoção!

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

O desejo cavalga o tempo


O desejo cavalga o
Tempo,
Como se o alento para mais um
Beijo
Se esbata no emolumento de
Viver
E idealizar uma
Realidade que permanece estilizada,
Como que cristalizada
Num tormento,
Um evento catastrófico
Que culmina no instante claustrofóbico,
Mas absolutamente perfeito,
Em que a dor
Se transmuta no amor!

domingo, 14 de outubro de 2012

As paisagens de montanha


As paisagens de montanha
Têm horizontes mágicos,
Evocam mistérios,
Convocam energias telúricas
Que, no presente,
Nos transportam do passado para
Os sortilégios do futuro.
Absorvem o pensamento,
Afastam-nos da incerteza,
Confiam-nos leveza,
Concedem-nos estabilidade!

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Profundo estremecer


Um profundo estremecer do
Vento,
Eclode no ar que respirámos,
Agita o movimento celular,
Refrata levemente a luz,
Ilumina, de nós, o lado escuro,
Traça esquissos mágicos
No pavimento branco,
Aveluda o tempo,
Retrata na perfeição
A perfeita e requintada beleza
De um sorriso no feminino!

domingo, 7 de outubro de 2012

Gosto


Gosto do teu olhar que se perde no longínquo,
Do movimento que flutua displicentemente na tua face,
Gosto do teu andar sereno e
Ao mesmo tempo inquieto,
Da perenidade que de ti emana,
Gosto da tua maneira de ser,
Dos silêncios que assumes como uma
Cumplicidade partilhada,
Gosto de ti!

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Eros


Num êxtase sensorial e
Primordial,
O champanhe delineia suaves fiapos
Que fluem pelo cálice do teu corpo ardente e
Se derramam na minha boca sedenta.
Uma fantasia sonhada,
Como na vida,
Um pleno desejo de veracidade.