A
austeridade, por vezes,
Na
comunicação social é fulanizada,
Como
se tivesse vida
Caminhasse
por vontade própria,
E
não fosse o iníquo desejo
De
uma medíocre e esgalgada elite.
A
austeridade não tem livre arbítrio,
Depende
do desejo de um grupo,
Que
político se declara,
Mas
de política nada entende,
Pois
a “coisa pública”, para eles,
É
do foro privado
Se
gera lucros,
É
do foro público
Se
produz prejuízos!
Os
“senhores da austeridade” preparam-se
Para
fazer a História recuar mais de 10 mil anos,
O
tempo que a civilização levou a aproximar-se
De
uma sociedade baseada na solidariedade,
O
que estes neoliberais pretendem
É
o regresso ao “darwinismo social”,
A
lei do mais forte,
Ao
salve-se quem puder!
Tristes
tempos estes
Em
que os “aristocratas do estado” pretendem,
Com
o apoio de alguns ignorantes,
Que
a Constituição não seja
Constituição,
Apenas
um papel para ser usado e abusado
Conforme
as conveniências!
Tempo
ignóbil,
Em
que o que separa ricos e pobres,
Em
vez de diminuir,
Adquire
distâncias cosmológicas,
Que
importa que milhares magrebinos
Ou
da África subsariana
Morram
nas águas do Mediterrâneo,
Que
portugueses, gregos ou “povos do sul”
Passem
fome,
Desde
que nos “mercados” haja mesa farta e lauta,
Está
tudo bem!
Vivemos
uma época,
Em
que o “sonho europeu”,
Está
a ser esmagado pela ganância
De
um reduzido grupo
De
“hienas esfaimadas”,
Porque
estes senhores nem tem a coragem de
Serem
predadores,
Aquilo
que verdadeiramente são,
Aquilo
que a sua coragem lhes permite,
É
serem necrófagos
Pela
calada da noite!
Tristes tempos estes!