Na
ânsia de correr pelo universo,
De
uma forma solitária… mas acompanhado
Pela
inquietude do pensamento,
Um
espaço onde as coisas acontecem,
E
é permitido
Gritar
completamente aturdido,
Deliberar
na solicitude de um sorriso,
Como
se o rosto refletisse a água de milhares de fontes
Límpidas
aspergissem a claridade de um dia de verão,
Se
existissem perguntas na trivialidade da vida,
Como
se erguessem muros de pedra e
Afastassem
todo o género humano
E
mergulhassem numa depressão silenciosa,
Por
vezes disfarçada com sorrisos e palavras comezinhas
Atravancadas
em polissemias rugosas e envelhecidas.
Ouvem-se
ao longe vozes incoerentes
Alimentadas
com a tristeza que emana dos teus olhos lindos
E
no entanto o tempo continua a percorrer os seus trilhos
E
não existem momentos em que o vento reclama
O
amor, mesmo que seja um sonho perdido no
Equilíbrio
da dança de duas borboletas,
Longínquo
Mas
o desejo de abraçar, num abraço que abarque todo o
Universo
na certeza de degustar os teus lábios trémulos
Mas
determinados na infindável opulência de teres nascido
Mulher
que transcende a beleza mundana e se refugia na perfeição,
Que
se tivesse nome
Seria
o teu!