Noite
que se pronuncia naturalmente,
Perpetuada
na incessante rotação do quotidiano,
Transforma-se
em madrugada suave e
Iridescente,
Dissipada
num langor tântrico,
Delida
no medrar do dia.
Noite
que se enerva e
Se
quebra como copos de cristal
Num
fragor crepitante,
Silenciada
pelo espaçar do
Tempo.
Noite
de encanto,
De
espanto,
Maravilhas
entretidas
Na
indolência ditirâmbica,
Quase
Kármica,
Noite
envolvente,
Quente
Apesar
de fria,
Luminosa
Apesar
de
Misteriosa,
Enlevada
Apesar
de assustada.
Noite
determinada a
Nascer
E
crescer.