quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Manifesto pela educação

Um país que esquece a Educação
É um país perdido na sua própria História,
Enfatuado em tradições ignaras misturadas com ideologias
Neoliberais,
É uma Nação que rasteja para o seu declínio,
Aturdido pela incompetência sicofanta
De ministérios, ministros e secretários de estado
Ataviados em pura ignorância,
Bestializados na sua iliteracia,

Os novos predadores do obscurantismo
Pululam desenfreados numa histeria de incivilidade
Que relembra as noites mais sombrias da Humanidade,

Um Estado que escarnece da Educação
Aproxima-se perigosamente das fogueiras nazis
E da insciência da “Noite de Cristal”,
Apressa-se a deslizar,
Num movimento uniformemente acelerado,
Para o colo áspero das multinacionais
Ávidas de trabalhadores mal pagos,
Sedentas de explorar,
Insaciáveis nos seus dividendos,

Um povo inculto
Não tem presente nem futuro,
Será um projeto inviável,
Transformar-se-á num pesadelo,
Num morto-vivo,
Na antítese de uma Pátria.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Sedução

A sedução subleva-se de uma parénese
Pronunciada com encanto,
Num misterioso fascínio encoberto
Pela densa bruma que se espraia
De forma silenciosa e persistente,
No charme emanado de um sorriso,
De um pensamento partilhado,
No magnetismo de polaridades díspares
Que se atraem e se
Buscam,
Na conquista, sem rendição,
Mais um abandono
A uma intensa empatia
Que subjuga a vontade,
Insinua o querer,
Avassala o apetecer!

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Saudade é

Saudade é uma
Palavra,
Um vocábulo
Que se espraia
Numa emoção,
Alivia-se num
Olhar,
Consuma-se em
Afetos,
Completa-se num
Desígnio!

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Horizonte mágico

Aproxima-se no espaço quadrimensional,
De modo impercetível mas resoluto,
Escapa-se numa onda fractal,
Envolve-se numa paisagem atonal,
Eleva-se num horizonte perfumado pelo
Pôr-do-sol,
Inscreve-se num evento irrepetível,
Aninha-se à passagem do vento,
Assume semblantes diversos,
Escuta música ondulante,
Vive num outro hemisfério,
Abarca verdades sussurradas de
Ouvido em ouvido,
Atravessa a rua de modo indolente,
Reside na poesia que pacientemente
Preenche os espaços vazios,
Circunscreve-se em átimos mágicos,
Aparece, desaparece
No horizonte mágico!