terça-feira, 26 de abril de 2016

Um abraço dialético

Um singelo abraço,
Profundo,
Complexo,
Eclético,
Ao mesmo tempo
Simples,
Efervescente,
Naturalmente sereno,
Seguramente
Rendilhado de emoções,
Transparente,
Lento,
Certamente
Embebido no quotidiano
Dialético!

sexta-feira, 22 de abril de 2016

O tempo

O tempo entrelaça-se,
Olvida a insegurança de viver,
A perfeição dos afetos
Engaja-se na inclemência da essência,
Comungam, fraternizam
E coabitam,
Irmanam-se em desejo, leveza,
Transparecem na solicitude do ser,
O azul é a cor que oblitera
A tristeza,
Porque a conjugação do verbo
Explana-se numa assunção,
Simplesmente existe e
A beleza questionável da vida transforma-se
Em semente irradiante.

sábado, 16 de abril de 2016

Um gesto

Um gesto,
Uma voz que se implementa
E se inscreve num ruído incerto,

Ao certo estremece,
Emudece,
Reaparece num ápice,

Liberta,
Abraça num espaço incluso,
Absorve com sabor,
Ardor,

Ingreme mas plausível,
Apetecível.
E acorda num estremecer sensual,
Esquece o tempo que decorre,

No amplexo intenso e
Complexo
Que se mescla num perfume exótico,
Ínclito intérprete da imensidão desconhecida
Descoberta numa vasta e
Ousada
Conexão
Intemporal da
Vida.

sábado, 9 de abril de 2016

Encantamento

Se o tempo aguardasse pelo sorriso,
Esperaria ansiosamente em todas as estações do ano
Pela certeza de capturar o olhar
Num ebúrneo pensamento que
Espelhasse toda a fortuna
De alcançar sereno movimento estabelecido
Entre a antevisão e o próprio momento de
Acariciar as emoções,
Num leve, mas deslumbrante
Encantamento.

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Diáspora da vida

No espaço longilíneo,
Onde se entrelaça a diáspora da vida,
Esquecimento intempestivo,
Uma descoberta imprevisível,
Uma probabilidade longínqua,
Um jogo onde a sorte premeia a argúcia de usufruir,
Pundonor seletivo que se mistura numa emulsão bioativa,
Acrescenta um surpreendente paladar ao verbo viver,
Conjuga-se em todas as línguas vivas, mortas ou moribundas,
Embala o pensamento mais incógnito,
Demora-se em olhares lânguidos, por vezes serenos,
Outras vezes intempestivos,
Negoceia, cede, discute, intercede,
Mas sempre coexiste na concordância,
Ri, sorri,
Livre, sempre espontâneo,
Interrupto na sua magnitude,
Dá sabor e fervor
À incerteza de viver!