A árvore, que em ti se plantou,
Tem raízes profundas,
A copa refresca numa sombra
Aprazível,
Um alento insondável,
Uma beleza indelével,
Um esquecimento prolongado e
Lenitivo
Espairece num círculo de pedras fúlgidas,
Excita-se
Numa combustão sensual,
Os ramos entrelaçam-se em
Labirintos afáveis,
O sol espelha uma seiva
Opulenta,
As folhas marulham segredos
Intemporais,
As tempestades abraçam-na com
Carinho,
Inteligível,
Indomável,
Apetecível,
Borboletas de cores translúcidas
Esvoaçam na lucidez do caminhos,
Deliberam,
Omnipresente,
O sabor reluz na plataforma do
Pôr-do-sol,
Burila no horizonte uma luminosidade
Aquiescente,
Uma brisa que
Refresca nos teus braços,
Escalda o olhar sedento,
Um enlace improvável,
Presumível,
Se ponderado,
Ritmo transversal às décadas
Consumidas
Num instante,
Uma aventura ecuménica
Plasmada numa fotografia
Quieta no tempo,
Mas sempre em
Transformação.
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