No dia mundial da poesia,
Vinte e um de maio de dois mil e dezassete,
Início da Primavera,
É preciso dizer ao mundo que
Trezentos e sessenta e cinco dias são precisos,
Porque:
O mundo não compreende a liberdade dos sentimentos,
Esmaga-se em dor,
Mortes e guerra,
Em incompreensões,
Em darwinismos sociais insensíveis,
Em refugiados obliterados,
Perde-se num egoísmo perene que
Subsiste nos recônditos da alma,
Num neoliberalismo caduco
Mas efetivo,
Que tudo destrói,
Tudo estrangula ao passar,
Deixa um deserto,
Onde nada medra,
Um mundo onde a ignorância mostra apetite para ser lei,
Quer-se instalar,
Vive na planificação do nosso planeta,
No desprezo pela vacinação,
Nas teorias da conspiração,
Avoluma-se na pseudociência,
Regride para lá do Iluminismo,
Opulenta-se na escuridão do conhecimento medieval,
Incrusta-se em crenças religiosas vácuas,
Alimenta-se com todos os muros que constrói,
Anima-se na animosidade natural do ser humano,
Inculca-se no pensamento,
Revive na tortura e no
Racismo,
Deleita-se na intolerância religiosa,
Assanha-se na violência.
Por tudo isto,
Por muito mais que seguramente esqueci,
É preciso denunciar,
Em prosa ou em poesia,
Queremos,
E, porventura, teremos direito,
A uma Terra mais espiritual,
Onde a compreensão e a
Liberdade
Sejam mais do que palavras,
Para que no globo onde vivemos
Seja
Infinitamente mais importante viver
Do que matar,
Onde a solidariedade seja substantiva,
Onde unir
Seja
Incomensuravelmente mais relevante
Que desunir,
Enfim,
Uma Humanidade que compreenda a
Poesia do Cosmo!
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