terça-feira, 29 de novembro de 2011

O verbo


Sinto o pensamento aquecer na fogueira
Do teu corpo,
Consumir-se,
Alumiar-se,
Alimentar-se nas brasas do teu espírito,
Crescer,
Tornar-se sujeito,
Almejar o verbo.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

O nascer do sol e o beijo


O nascer do sol impregna a vida de
Beleza incondicional e
Emoções sólidas e infatigáveis.
Interpreta sempre o sentir de existências
Juntas, emparceiradas pelo alvoroço,
O amanhecer eternamente renascido!

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Ler


Ler para além das palavras proferidas,
Significa auscultar o coração,
Interpretar o pensamento,
Adivinhar os desejos,
Vislumbrar os sonhos!

É ver espelhado no ar da manhã,
Na chávena de café,
Na expetativa da vida,
Numa esplanada à beira mar,
O sorriso que fascina e
Encanta.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Luz


O sol,
A lua,
A mais pequena e
A maior das estrelas,
Uma luz solitária no infinito,
Vénus no raiar da manhã,
O mais feérico dos salões,
Uma vela num quarto escuro,
Um fósforo aceso na tempestade.
Tudo isso e mais porque
Irradias,
Iluminas. 

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Guerra dos Mundos Revisitada (porque escrever é resistir)


Alerta!
Notícias antecipadamente
E absolutamente confirmadas!
Naves alienígenas aterraram em
Atenas, Dublin e Lisboa!
Pertencem à raça da “troika”,
Têm um objetivo escondido!
Dominar, empobrecer, exaurir,
Depauperar,
Aniquilar tudo o que existir!
Sem piedade pelos povos terrenos,
Sem um olhar ou gesto de compaixão,
Nas artérias corre-lhes sangue da cor do dinheiro,
Gelado,
Avinagrado,
Impiedoso!

Das embarcações celestes saem incontáveis
Dívidas públicas e privadas,
Até soberanas,
Mercados primário e secundário,
Desemprego,
Juros e a mais completa agiotagem
Bolsa de valores!
Parecem irresistíveis!

Atuam com a preciosa ajuda de uma “quinta coluna”
Espalhada por todos os países do planeta,
São os seus lacaios,
Os “políticos” profissionais.
Com o seu atencioso servilismo
Pretendem uma quota-parte dos despojos,
Almejam chafurdar no seu quinhão dos esbulhos,
São traidores
Que de humanos só têm a aparência,
São marionetes ao serviço dos seus senhores,
Abocanham, dilaceram, mordem,
Censuram,
E sobretudo amedrontam!

Segundo informações de última hora
Foram vistos objetos não identificados a
Dirigirem-se para Roma, Madrid e Bruxelas!
Pretendem dominar a Europa,
Porta de entrada para todos os outros continentes,
Um “tsunami” devastador,
À escala global,
Só têm propósito de parar
Quando nada restar,
Quando o globo abdicar!

Mas,
Apesar das vitórias nas primeiras batalhas,
Serão derrotados pelo “vírus” da democracia,
Que apesar de deprimida, amesquinhada
E aviltada,
Não está morta nem enterrada,
Está presente,
Espera uma oportunidade para se erguer,
Para pelejar
Contra “troikas”, “triunviratos” e todos os poderosos,
E no final,
Triunfar!
Criar um novo paradigma da existência do Homem,
Subir mais um degrau na evolução da
Humanidade.

Nascerão novos dias, amanhecerão atentos,
Sinais das estações do ano,
Suave melancolia,
E ao mesmo tempo
Fogo aceso,
Vento indomável e selvagem,
Vórtice estonteante,
Advento de uma nova era onde
Solidariedade, liberdade, e
Dignidade,
Serão mais do que palavras de dicionário.

domingo, 13 de novembro de 2011

O silêncio expande-se devagar


O silêncio expande-se devagar,
Insinua-se,
Toma uma cor avermelhada
De um pôr-do-sol messiânico,
Arremedo de um dia inesquecível,
Fragmento olvidado na memória,
Templo silencioso,
Evento catastrófico e sensual,
Pele macia e sedosa,
Angústia,
Ânsia incontrolada,
Lábios acesos,
Polpa de fruta sumarenta e gostosa,
Pensamentos tórridos,
Avalanche ruidosa,
Volúpia sensual,
Sentir-te!

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Invulgar e bela


Invulgar e bela,
Singular na forma,
Notável na conceção,
Invulgar na simbiose,
De osmose se trata.
Tão rara
Que única será o adjetivo correto,
Uma preciosidade exclusiva,
Uma afeição genuína!

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Emoções à solta


Emoções à solta são um elixir da vida,
Emancipam,
Engrandecem o ser,
Alforriam a alma,
Tornam-na imortal! 

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

O vento


Está um tempo de tempestade,
O vento esparsa os pensamentos, 
Arremessa-os para tempos de verdade
E liberdade!
Ecoa com bramido,
Apregoa novas já conhecidas,
Mas por vezes tão escondidas,
Que permanecem longos tempos incógnitas
E ignoradas,
Antes de afoitamente se desaferrolharem
E se conhecerem!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

O sonho


O sonho desperta-nos
No desentorpecer da madrugada,
Celebra razões,
Aviva momentos do passado,
Anima o presente,
Revela índicos do futuro,
Mitiga, acalenta, sossega,
Afaga-nos com a ternura de um
Sorriso,
Acorda-nos para a vida!