sexta-feira, 20 de maio de 2016

O calor

O calor
Inspira sensações na epiderme,
Transpira poesia
Nas ondas que se fragmentam
Na fímbria da areia,
Deslizam numa alva espuma
Entretecida
Na azáfama do oceano,
No corrupio constante do mar
Rompendo o frenesim do quotidiano
Numa espécie de quebranto,
Lúcido
Mas também adormecido
No bem-estar de ficar
E sentir.

terça-feira, 17 de maio de 2016

A tempestade no mar

A tempestade no mar
Ocasiona um incidente
Na amenidade do tempo,

Chuva, sol,
O nevoeiro derrama-se no horizonte,
A verve insinua-se numa fantasia colorida,
Desencadeia uma sucessão de eventos,
Atenuam-se os ventos,

Escreve-se,
Atreve-se,
Bamboleia-se na aresta da música
Como se, de repente,

A física regredisse a uma época
Existencial,
Providencialmente utópica,
Onde os seres humanos eram solidários.

Uma tempestade no mar
Arrasta brisas hercúleas contrabalançadas
Na estrutura delicada e
Humanizada da vida,
Transforma-se em impulso metamórfico
Num afã benfazejo e sedutor de
Liberdade,

Senão completamente conseguida,
Pelo menos mergulhada
Na esperança da alcançar
A alforria de nascer.

Tempestade no mar,
Bonança em terra!