sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

5 de janeiro

 No envolvimento do dia,

Aquiesce, levemente, o carácter da

Vida,

Dissolve-se no encardir

Da página, outrora branca,

Agora curtida pela viagem,

Um pássaro esvoaça ao

Sol nascente,

Por vezes parece perdido,

Mas, muitas outras, refulge

Iluminado pela luz da estrela,

E, de repente, num milissegundo,

Abre-se o caminho,

Envolvem-se os fios que tecem o

Destino,

Alimenta-se da verdade,

Da liberdade,

De ver,

De ser,

De espairecer,

De mergulhar,

De amar,

Sem dúvida de viver e

Estar (contigo).

segunda-feira, 8 de agosto de 2022

Mas...

Se o amor tivesse asas

Seria uma águia

(conheço quem argumentasse que seria um dragão alado,

Mas paixões clubísticas à parte, mantenho a águia,

Talvez se vivesse num continente mais a sul

Enveredasse pelo condor).

 

Se o amor

Tivesse um motor

Seria um Ferrari,

 

Se o amor

Tivesse um lugar

Chamar-se-ia Cativa,

 

Se o amor fosse constituído por água,

Seria o Oceano Pacífico,

 

Se o amor fosse espaço 

Seria o Universo,

 

Se o amor fosse gramática

Não seria o Acordo Ortográfico,

 

Se o amor fosse volúvel

Teria incontáveis amantes,

 

Se o amor fosse uma fruta

Não seria maracujá (passion fruit),

Mas a maça do

Pecado original,

 

Mas,

Se de um modo verídico,

Estivéssemos para lá da ficção,

No mundo real,

O nome do amor

Seria

Ana.

terça-feira, 14 de junho de 2022

Poema da descrença, com algum humor, mas que sei eu, e uma hipótese para acreditarmos

 Os dias que decorrem

Para as noites

Enfeitadas de notícias envolvidas

Em papel semântico,

Trazem-nos novas da guerra,

De uma forma quase bíblica,

Uma espécie de palavras cruzadas

Diluídas num paleo de incenso.

 

Estamos num mundo esquizofrénico,

Devoluto,

Mas impregnado de religiões,

Umas mais esotéricas, outras

Menos,

 

Onde a racionalidade é um embuste

Triste,

Talvez mesmo disfuncional,

 

Alguma razão para acreditar?

Alguma ideologia capaz de

Ultrapassar a memória predatória do

Homem?

Algum sinal cósmico de bonança?

Alguma hipótese realista de um

Nirvana?

Ainda que sem Cobain?

Alguma religião eficaz?

Já que pertinazes

Serão elas.

 

Algum Homem?

Alguma Mulher?

 

Algum cenário plausível?

Alguma razão para indagar?

Alguma réstia de liberdade para

Viver?

Algum queixume para indignar?

 

Alguma fotografia de criança jazendo numa

Remota praia,

Estendida na nossa consciência?

 

(A utilização do verbo travar para o decorrer de

Uma guerra merecia uma explicação freudiana)

 

Mais humanos para matar?

Mais ozono para degradar?

Mais armas para vender?

 

Mais Twitters para comprar?

Mais mentes para dominar?

Mais mentiras para espalhar?

Algum novo mundo para

Conquistar?

 

Algum ego para adorar?

Algum para ignorar?

 

Alguma inquisição para reativar?

Alguém realmente vivo nesta

Realidade?

Alguma muralha para escalar?

Algum livre-arbítrio restante?

 

Alguma interrogação real?

Alguma exclamação autêntica?

Alguma evolução na História da

Humanidade?

Algum entendimento?

Algum vislumbre da irrealidade na vida?

 

Algum esperma no caminho,

Perdido em algum ato de contrição?

 

Algum final feliz?

Algum final sequer?

Será que temos hipótese de um início?

 

Será que existe um espaço que separa o começo do

Fim?

 

Serão questões a mais?

E, afinal, a vida é só para viver,

Da melhor forma que conseguirmos,

Da melhor maneira que a entendermos?

 

Apenas e tão só isto?

Que se verdade for, terá a dimensão do

Universo,

Resplandecerá como uma Supernova,

Será, afinal, a nossa,

Liberdade!

segunda-feira, 25 de abril de 2022

Abril


Abril

Primaveril

 

Lembra que é tempo

De democracia

 

Que esta

Abarque uma plenitude,

Além de política,

Seja económica

E cultural,

 

Então abril

Será encontrado

Nos doze meses do ano!


sexta-feira, 1 de abril de 2022

A História nada ensina

 Este tempo de guerra

Que se quebra

Na consciência intolerante de nomes

Que sobressaem como Mariupol,

Mas não esquecem Alepo ou

Grozni,

Ou

Multitudes que se inquietam em muitas

Latitudes,

 

Afinal, apenas mais uma vez

Na Roda da História,

Apenas mais uma vez,

Só que esta é a nossa vez,

 

E reflete-se nos plasmas,

Afeta-nos no quotidiano que parecia adormecido,

Inflaciona-nos a vida,

Descobre-nos uma nova intolerância,

Num Mundo que quase sempre é intolerante,

 

Apela a um guerreiro que nos desconhecia,

Mas permanecia por baixo da pele,

Escondido por um vestuário coquete,

 

Afinal esta guerra,

É a nossa guerra europeia,

Como foi a dos Cem Anos,

A dos Trinta, a dos Sete,

A Primeira e Segunda Mundial,

 

Afinal porque nos espantamos que

Esta guerra, que é a nossa guerra, nos

Atinja uma vez mais?

 

Talvez, e mesmo só talvez,

A História não consiga ensinar nada

A quem nada queira aprender!

sábado, 11 de dezembro de 2021

O tempo discorre

O tempo discorre

Lento ou no ápice da viabilidade de ser,

A imagem inebria-se na

Margem,

As palavras, por vezes,

Não chegam,

Permanecem aquém da

Erudição,

 

Afastam-se da ponte

E, na quietude da noite,

Incendeiam-se as estrelas que polvilham o céu

De luzes inquietas,

 

Estudam

O estado tranquilo,

Bailado insonoro,

Mas muito belo,

 

Expande-se na cativa algarvia,

Vive em nós,

Todo o tempo,

Em qualquer lugar,

Mesmo em momentos

De tormentos,

 

A tua liberdade,

Quase que de forma subliminar,

Contagia a minha alma da

Alegria de compartilharmos

Este Universo.

sexta-feira, 4 de junho de 2021

Intenso

 

Intenso,

Imenso,

Não se mede em unidades mensuráveis,

 

Espairece na singularidade do universo,

Alimenta-se do quotidiano,

Sofre na saudade,

Redescobre-se ininterruptamente,

 

Cresce,

Revigora-se,

 

Em especial,

Diria que até

Invulgar,

 

Parceiro,

Companheiro,

Vive no nosso par

Que assim

Se volve

Invulgar.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Estás presente e perene

 

Estás presente e perene

Apimentas este confinamento

Sem fim,

 

Apeteces no debelar da madrugada

Que se imiscui na noite,

 

Afastas a tristeza,

Que de qualquer modo,

Tem um paladar insípido,

 

E, a tua presença,

Sacia a míngua de convivência,

 

Celebras a imensidão do mar

Em ti preservado,

Apenas uma sílaba átona,

Mas uma diáspora de significados,

 

O que se vê, o que se conhece,

O que transparece,

O que se advinha,

O que é,

 

Tudo!

Numa amálgama de sentidos

Libertados

Num vulcão feérico

De cores ignescentes,

Que se integram na tua

Personalidade

De um ser no dealbar do

Desígnio!

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Dualidades

 Neste frio dia de janeiro,

O tempo que

Conduz a história,

Anima-se de um rubor mágico,

 

Perdido na infinitude do universo,

Encontrado no

Encontro de uma dualidade,

No interior de duas individualidades,

 

Ainda que não a perdendo,

Esforçam-se,

Degustam-se,

Descobrem-se,

Reinventam-se

Numa unidade complexa,

 

Talvez imperfeita,

Mas, na realidade, volve-se

Perfeita.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Um distinto e decisivo vocábulo

 

Um distinto e decisivo vocábulo,

Arresta-se no conciliábulo das fadas

Do bosque,

No aproveitar do desígnio deste ano

Redondo,

Jocoso, inclina-se,

Como se amanhã fosse hoje,

Para o despertar do tempo.

Equidistante, está no centro

Da vida.

 

Palavra que é mais do que um verbo,

É um ensinamento que perdura,

Na rua, no quarto de dormir,

No supermercado,

Na mesa do restaurante,

 

De todos ao alcance,

De muitos foge,

De outros esconde-se em

Labirínticos processos,

Por vezes naufraga

Em mares tempestuosos,

Está no ar, no mar,

Com todos eles rima.

 

Tranquilo ou tumultuoso,

Alimenta-se do processo humano,

 

Como as plantas

Carece de ser semeado, tratado,

Acarinhado,

Só pode ser consumido em

Liberdade,

Sempre de durabilidade incerta,

Por vezes aproxima-se cedo,

Outras mais tarde,

O significado é sempre o mesmo,

O mais perto que podemos almejar

Estar da divindade.

 

E eu,

Contigo,

Tenho o nirvana de o

Partilhar!

domingo, 1 de novembro de 2020

Um pêndulo no tempo

 

O sol ergue-se do negrume da noite,

Eclipsa as estrelas no raiar do dia,

O homem sentado nas rochas

Escreve um poema que se

Esconde nos grãos de areia da praia deserta,

 

Um diletante percurso

Abre-se na folha escurecida por caracteres

Gatafunhados numa celeridade conspícua,

 

Atravessa o areal e é

Absorvido pelo matagal que o

Oculta

De ninguém,

 

Mas, ainda assim, o

Encobre de qualquer olhar fortuito,

Ou até, de alguém mais atento.

 

Discorre na sombra das árvores

Escanzeladas,

Estabelece uma comunhão

Com o

Ciciar do vento,

 

Uma litania espraiada

Neste santuário selvagem,

Mistura-se com o estridular do pica-pau,

Lá longe,

Nas profundezas do arvoredo,

 

Há um pêndulo no tempo,

Um passo a compasso,

Evento descrito no

Papel branco virtual,

Aventura sempre renovada,

 

Espírito do desejo,

De desejar um mundo que

Se entrelace

Nas nossas mãos!

sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Despertar

 Da extrema-direita à extrema-unção da

Democracia

Vai um passo incerto, curto e

Malévolo,

Um abandono de motivos,

Uma certeza egoísta que se sobrepõem

Aos princípios,

 

Vai uma indiferença generalizada pelo

Facto político,

Ou pela negação das instituições afogadas em

Incriminações,

 

Vai a banalização da acusação de

Corrupção,

 

Vai no crescer da intolerância,

Na divisão entre nós e eles,

Como se nós fossemos

Impolutos

E eles a

Degenerescência,

 

Vai da incompetência dos racistas que

Não perceberam

Que apenas existe uma raça humana,

 

Vai no semear da incompreensão entre religiões

Díspares,

Que se assemelham na

Intolerância!

 

Vai na leviandade de acusar culturas

Desconhecidas,

 

Vai no medo do futuro,

Que é a desculpa para a

Violência,

 

Vai no desconhecer e deturpar a

História

Que justifica as

Atrocidades,

 

Vai no acordar tão tarde

Que nada mais há para sonhar,

 

Vai no desconhecer que a democracia é o

Reconhecimento

Dos direitos das minorias e, não,

Como muitos pretendem,

A ditadura da maioria,

 

Daí a necessidade,

Urgente,

de

Despertar!

 

De apagar todos os vestígios de

Ignorância

Que é o grande mal,

Diabólico,

Deste nosso século!

Uma onda algarvia

Uma onda emerge E submerge a Realidade que se mistura na diluente Preposição da amizade,
Rituais benéficos diluem a Angústia do momento, Sente-se um murmurar que Se distende por incontáveis sentimentos,
Aqui, agora, percebe-se o Misturar de dialetos, Ouvem-se desde um passado distante,
E, porque eclodem, um pouco por este País, Aberrantes movimentos, É preciso ter a noção que a Tolerância é - deveria ser - Um significante de humanidade,
Este meu pensamento Conflui neste Algarve, Onde o mouro conquistado Não representa, necessariamente, a Liberdade alcançada,
Um longo e sinuoso caminho, Mas a certeza que, mil anos Antes, Nesta terra a sul situada, Existia, entre duas nações, realidades e Religiões, diferentes, Uma capacidade de dialogar e Conviver,
E compreender que a diversidade É uma mais-valia!
A imbecilidade, tenho esperança, Tem um limite, Embora, por vezes, um chega, Faz-me duvidar, Mas a histórica lição Sussurra-me Que a inteligência vai Triunfar!
18/08/2020
Quinta da Cativa

terça-feira, 7 de julho de 2020

Navegar


Uma roda que
Roda
Em redor de um pensamento,
Para lá do confinamento,
No sentimento
Que une os corpos revoltos,
Espraia-se com contundência
Na seda que fabrica o espaço-tempo
Do universo
Em que te moves,
Te aproximas,
Te encontras,
Encontro-te,
E
Navegamos no mar
Sem mar,
Muito para lá,
Em qualquer lugar!

terça-feira, 14 de abril de 2020

Abril de 2020, tempos de covid-19 (para memória futura)


Um dia a mais
Cá dentro,
Um evento irreal,
Uma conversa, um tal de
Teletrabalho,
Um encontro, desencontro no
Google Meet,

As notícias que irrompem
Cá dentro,
Na televisão,
Na internet,
Nas redes sociais,
Os números que crescem,
A dependência da parábola geométrica
Que todos os dias nos invade ao almoço,

Cá dentro reúne o consenso de
Um tempo tenso,
Mas reina a unidade de uma unidade
Perante a batalha,

No norte da Europa os velhos são mesmo velhos,
Morrem porque a sua morte é útil à sociedade,
Desculpem,
Não consigo subscrever este ponto de vista,
Onde solidariedade é um sentimento inexistente,
Onde a União Europeia é uma guerra de economias,
Apenas serve para criar um mercado para as empresas prosperarem,
Onde os negócios são a essência da
Existência,
Onde os direitos da cidadania foram substituídos
Pelos direitos do consumidor,

Não, não me revejo nesta União Europeia,
E, perdoem-me a soberba, mas penso que os
Nossos pais fundadores também não aprovariam

Que alegria ser do dito sul, para mim é mais oeste, da
Europa,
Mais humanismo, mais alegria de estar vivo,
Mais pertença da Humanidade,
Mais vontade de ser,

E para todos os arautos da desgraça,
Aqui reside um motivo de orgulho,
De caber num país,
Sem qualquer sentimento nacionalista
Que o nacionalismo é coisa perversa,
E, reza a História, nada de bom traz,

Por tudo isto, com muitas tropelias,
Alguns a fugirem à quarentena,
Outros a não respeitarem os preceitos de segurança,
Mas comparado com outras latitudes,
Neste tempo de covid-19,
Cabe-me o prazer
De me sentir português!!!

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

2020


Um começo que é sempre um recomeço,
Um percurso impulsionado pela
Volta astronómica em volta de uma estrela,
Trezentos e sessenta e seis dias de uma vida humana,
Nem paciência tenho de abarcar a totalidade dos momentos,
Um passo insignificante na rotação galáctica,
Microscópico percurso do Universo,

Em perspetiva,
Este é o significado de dois mil e vinte,

Em todo o caso, e por mais liliputiano ou frívolo que seja,
Que seja excelente,
Que seja no vosso convívio,
Sim,
No convívio de todos vós meus amigos,
Sóis o alimento da alma,
A bússola do meu caminho,

Mas, perdoem-me realçar,
A singular companhia da minha
Companheira,
Que reverte os dias mais espinhosos
Em ocasiões mais afáveis,
Que transforma o Cosmos
Num espaço inteligível,
Alivia o lamento
Num sorriso ternurento,
Transforma a circunstância trivial
Num ínclito
Sentimento!

sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Desaparece na hora do lobo/cão*


Ouço um ruído surdo que se propaga pelo mundo
Anuncia o que muitos não querem ver,
Denuncia o que escamoteiam,
Desaparece na hora do lobo/cão,
Longe do pêndulo que acaricia o tempo,
Esquecidos da história marcham em cardumes cardados
De tubarões esfomeados,
Nomeiam-se Trump, Bolsonaro, Salvini, Órban, Ventura ou
Qualquer outro
Que aspire a radicalização, a violência, o racismo,
Vivem do medo, da ignorância,
Da incerteza da economia neoliberal,
Do campo fétido em que a União Europeia se transformou,

É tempo de acordar antes que uma nova versão das Schutzstaffel
Irrompa nas nossas cidades!

Greta Ernman Thunberg,
Não consigo perceber a sanha que contra ela se levanta de muitos,
Será que uma rapariga não tem direito a expressar a sua opinião?
O que incomoda tantos?
A verdade?
O sentimento de culpa de todas as gerações que vão destruindo o planeta?
A imbecilidade de uns tantos?
A maldade pura?

Só posso argumentar
Hajam muitas outras e outros,
Discutam-se os problemas,
Distingam-se os predadores das presas,
Encontre-se uma equação que permita resgatar
O mundo!

É tempo de despertar antes que a Terra amanheça no Inferno!

*Inspirado na expressão “La hora lobicán”, do último, verdadeiramente o último, disco de Patxi Andión (expressão galega que se refere à hora do amanhecer em 
que os lobos e os cães se confundem, uma bela metáfora para os dias de hoje)

domingo, 17 de novembro de 2019

Dialética


Existe um espaço profundo,
Na avassaladora dimensão do Cosmo, que
De modo inconstante,
Distancia a liberdade da existência,
Separa o enredo da
Representação,

É um acontecimento que se prolonga por memórias delidas,
Divide a loucura da sanidade,
Estabelece uma fronteira intelectual entre o abstrato e o
Concreto,

Um rio tumultuoso
Que invade a nascente do pensamento,
Desagua no delta do raciocínio,
Espraia-se pelos Oceanos,
Planta-se nas areias revoltas das praias,

A semente desaparece na escuridão da terra,
Cresce na leveza das pétalas,
Incorpora se nos estames longilíneos,
Engaja-se no pólen frutificador,
Caminho espraiado no horizonte,

No tempo gasto entre o Nascente e
Poente,
Do Ocidente para Oriente,
De Norte para Sul,
De cá para lá,
Do princípio para o
Fim,

Uma história construída,
Uma entropia incessante,
Renascer pode ser sempre uma opinião, um desejo,
Uma ocasião para as moléculas esvoaçarem na finitude da
Atmosfera, 
Na peugada de um novo Big Bang,

Uma configuração romântica,
Em qualquer língua, em qualquer semântica,

Apenas percorrer a vida,
num completo e sentido diálogo,
Entre a amizade e o
Amor!


domingo, 22 de setembro de 2019

Num outro hemisfério


Num outro hemisfério,
Mais consciente da realidade,
Num outro tempo de vida,

Convida
A uma lassidão molengona,
Afetuosa e sincera,
Rompe novos espaços na alma,
Desperta cumplicidades incógnitas,
Expõe céus noturnos ignotos,
Alegoria da infinidade do desconhecido,

Um fascínio para a descoberta,
Uma adrenalina para o conhecimento,
Porta aberta
Para um novo momento,
Onde o vento se funde com o mar e
A terra emerge de um horizonte sem fim!

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Lenda


Fonda, Hooper, Nicholson,
Há muito tempo,
m momento, uma história,
Um caminho, uma aventura,
Plasmaram um roteiro de liberdade,
Bem como o seu preço,
Estas histórias
Ou filmes,
Nunca fenecem,
Renascem como lenda!