quinta-feira, 24 de março de 2011

Os novos vampiros (Um requiem para os políticos)

Percorrem caminhos
Intangíveis, absorvem energias que flutuam
Em áureas auréolas, num espaço incorpóreo,
Ocultas em escusas coordenadas,
Roubam a essência da vida,
Perseguem os sonhos, amarfanham todas as
Utopias, deliciam-se nas depressões,
Animam-se em oceanos de lágrimas,
Prosperam na estupidez, elogiam o medíocre,
Enaltecem o péssimo,
Arruínam a honestidade, escarnecem da verdade,
Chafurdam na mentira,
E disfarçam-se,
Disfarçam-se de modo tão absoluto que
Ficam invisíveis,
Alabardam-se em canais noticiosos, em revistas
Da moda,
Deambulam pela Internet, estacionam no Facebook,
Passeiam ao pôr-do-sol,
Deglutem a transpiração,
Empobrecem a maioria,
Enriquecem a minoria…
Até um dia…
Até um dia em que o vulgo acorde,
E edifique um novo paradigma,
Onde todos,
Poderemos ser todos,
Onde cada um, poderá ser um,
Onde a virtude será um objectivo
A deificar.

terça-feira, 22 de março de 2011

segunda-feira, 21 de março de 2011

A lua

A lua
Ilumina a paisagem,
Cria sombras, desenha
Mistérios,
Invoca sonhos, estimula sentimentos,
Abarca universos inteiros
De desígnios,
Irradia uma luz argentária
Que nos transporta para
Tempos maravilhosos,
Lugares singulares e
Fascinantes.

Escuto as imagens  
Que fluem da tua voz
Com fervor,
Porque são ainda mais
Extraordinárias!

domingo, 20 de março de 2011

O pensamento voa

O pensamento voa,
Longínquo,
Aproxima-se de ti,
No sortilégio deste alvorecer!

sexta-feira, 18 de março de 2011

Esquecer a noite

Esquecer a noite que embala
No amanhecer,
Aquece o ar povoado por sons ténues e
Fragâncias apelativas dos sentidos.
Entumece o sol, enrubesce o horizonte,
Transporta aragens volúveis, empertigam-se
Nos seus casulos herméticos, mas
Aludem a um futuro imprevisível, assumem-se,
Bebem em copos de cristal, cintilam
Na frágil claridade da madrugada, incidem
Sobre dedos que se tocam suavemente,
De mansinho,
Com carinho,
Com ardor,
Fundem-se os desígnios,
E num sortilégio mágico
Desaguas nos meus braços.

domingo, 13 de março de 2011

Porquê?

Porquê amanhã?
Se hoje
O meu pensamento treme ao
Imaginar-te.

Porquê amanhã?
Se hoje
A minha imaginação
Delicia-se por
Pensar-te.

Porquê amanhã?
Se hoje
O meu corpo
Anseia pelo
Teu.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Quando sonho...


Quando sonho,
Sonho contigo,
Quando sonho contigo
Sinto-te…
E quando te sinto
Vejo-te e
Quando te vejo
Sonho…

quarta-feira, 9 de março de 2011

Na ausência

Na ausência,
A tua voz ecoa num
Tempo
Que se mistura no suave
Canto da cotovia,
O som da água fresca
Desce a montanha,
Flores amenizam os tons cinza
Que povoam os céus,
O aspergir da chuva
Indicia o ardor do teu
Pensamento,
Na linha do horizonte cintilam
Luzes de inúmeras aldeias,
Recordações fluem na noite,
Focos na escuridão,
Suavizam as saudades,
Guiam a minha fantasia para
Ti. 

segunda-feira, 7 de março de 2011

sexta-feira, 4 de março de 2011

A luz

A luz irradia,
Afasta os tons lúgubres,
Atordoa,
Incita a imaginação,
Funda alicerces,
Ergue-se para lá das mais altas
Montanhas,
Instaura um novo paradigma,
Funda um modo de estar,
Arquitecta liberdades que aspiram
Encontrar extraordinários e inauditos
Sentimentos.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Adormecem as palavras

Certos senhores
Adormecem as palavras que se
Ajustam com rigor e eficácia a um
Pensamento rebuscado e flácido.
As falácias encriptam inseguranças,
Ociosidade, pretensões. Asseguram
Um estatuto pomposo e livresco, de
Enciclopédia deglutida apressadamente.
Emboscam-se em qualquer lugar douto e
Acetinado. Adquirem vida própria, florescem
Com o adubo da mediocridade. Proliferam
Como uma praga pestilenta. Cavam alicerces
E entrincheiram-se com abóbadas de betão
Duro, impenetrável, inamovível. Acima de tudo
Asseguram
A sobrevivência. Criticam,
Apregoam a mudança mas prosperam
Na mais iníqua das imobilidades.

terça-feira, 1 de março de 2011

Memória…

Memórias refulgem através da neblina do tempo,
Portas entreabertas,
Reagem com o presente,
Temperam a vida,
São a energia que nos guia,
Desobstruem possibilidades,
Oferecem vislumbres do futuro.