Da extrema-direita à extrema-unção da
Democracia
Vai um passo incerto, curto e
Malévolo,
Um abandono de motivos,
Uma certeza egoísta que se sobrepõem
Aos princípios,
Vai uma indiferença generalizada pelo
Facto político,
Ou pela negação das instituições afogadas em
Incriminações,
Vai a banalização da acusação de
Corrupção,
Vai no crescer da intolerância,
Na divisão entre nós e eles,
Como se nós fossemos
Impolutos
E eles a
Degenerescência,
Vai da incompetência dos racistas que
Não perceberam
Que apenas existe uma raça humana,
Vai no semear da incompreensão entre religiões
Díspares,
Que se assemelham na
Intolerância!
Vai na leviandade de acusar culturas
Desconhecidas,
Vai no medo do futuro,
Que é a desculpa para a
Violência,
Vai no desconhecer e deturpar a
História
Que justifica as
Atrocidades,
Vai no acordar tão tarde
Que nada mais há para sonhar,
Vai no desconhecer que a democracia é o
Reconhecimento
Dos direitos das minorias e, não,
Como muitos pretendem,
A ditadura da maioria,
Daí a necessidade,
Urgente,
de
Despertar!
De apagar todos os vestígios de
Ignorância
Que é o grande mal,
Diabólico,
Deste nosso século!