sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Sempre na verdade

O vento ruge despudoradamente
Entre as árvores,
Saracoteiam os ramos em danças insinuantes,
Estabelecem a calma e a paz
E o fervilhar de emoções,
Que se insinuam de forma leve,
Transparente e
Constante.
Enuncia um tempo feliz,
Despreocupado mas
Atento,
Um usufruto intemporal,
Uma realidade construída,
Edificada,
Espelhada no silencio,
Nas conversas,
No tumulto,
Na bonança,
No ardor,
Sempre na verdade.

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Inconstância da vida

Leve brisa espraia-se pelo tempo quente
Presente,
Quiçá futuro…
O marulhar confunde-se
Com o esvaído das estrelas que
Pernoitam no céu escuro,
Esvoaçam, serenas, questões que abalam
O rochedo da existência,
Tremeluzem luzes luzidias,
Por vezes
Até fugidias,
Assapam, inglórias,
A leveza de viver,
Ostentam perfumes exóticos,
Burilam,
Enxameiam, diletantes, o opróbrio da intolerância,
Hipnotizam,
Insones, gravitam no sono agitado,
Impermeabilizam ou estabelecem
Relações osmóticas,
Na inconstância da vida,
Transformam-se no
Perfume da delicadeza,
Movem-se, com veracidade, para a
Fidelidade!