Estás presente e perene
Apimentas este confinamento
Sem fim,
Apeteces no debelar da madrugada
Que se imiscui na noite,
Afastas a tristeza,
Que de qualquer modo,
Tem um paladar insípido,
E, a tua presença,
Sacia a míngua de convivência,
Celebras a imensidão do mar
Em ti preservado,
Apenas uma sílaba átona,
Mas uma diáspora de significados,
O que se vê, o que se conhece,
O que transparece,
O que se advinha,
O que é,
Tudo!
Numa amálgama de sentidos
Libertados
Num vulcão feérico
De cores ignescentes,
Que se integram na tua
Personalidade
De um ser no dealbar do
Desígnio!