sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Despertar

 Da extrema-direita à extrema-unção da

Democracia

Vai um passo incerto, curto e

Malévolo,

Um abandono de motivos,

Uma certeza egoísta que se sobrepõem

Aos princípios,

 

Vai uma indiferença generalizada pelo

Facto político,

Ou pela negação das instituições afogadas em

Incriminações,

 

Vai a banalização da acusação de

Corrupção,

 

Vai no crescer da intolerância,

Na divisão entre nós e eles,

Como se nós fossemos

Impolutos

E eles a

Degenerescência,

 

Vai da incompetência dos racistas que

Não perceberam

Que apenas existe uma raça humana,

 

Vai no semear da incompreensão entre religiões

Díspares,

Que se assemelham na

Intolerância!

 

Vai na leviandade de acusar culturas

Desconhecidas,

 

Vai no medo do futuro,

Que é a desculpa para a

Violência,

 

Vai no desconhecer e deturpar a

História

Que justifica as

Atrocidades,

 

Vai no acordar tão tarde

Que nada mais há para sonhar,

 

Vai no desconhecer que a democracia é o

Reconhecimento

Dos direitos das minorias e, não,

Como muitos pretendem,

A ditadura da maioria,

 

Daí a necessidade,

Urgente,

de

Despertar!

 

De apagar todos os vestígios de

Ignorância

Que é o grande mal,

Diabólico,

Deste nosso século!

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