quinta-feira, 24 de março de 2011

Os novos vampiros (Um requiem para os políticos)

Percorrem caminhos
Intangíveis, absorvem energias que flutuam
Em áureas auréolas, num espaço incorpóreo,
Ocultas em escusas coordenadas,
Roubam a essência da vida,
Perseguem os sonhos, amarfanham todas as
Utopias, deliciam-se nas depressões,
Animam-se em oceanos de lágrimas,
Prosperam na estupidez, elogiam o medíocre,
Enaltecem o péssimo,
Arruínam a honestidade, escarnecem da verdade,
Chafurdam na mentira,
E disfarçam-se,
Disfarçam-se de modo tão absoluto que
Ficam invisíveis,
Alabardam-se em canais noticiosos, em revistas
Da moda,
Deambulam pela Internet, estacionam no Facebook,
Passeiam ao pôr-do-sol,
Deglutem a transpiração,
Empobrecem a maioria,
Enriquecem a minoria…
Até um dia…
Até um dia em que o vulgo acorde,
E edifique um novo paradigma,
Onde todos,
Poderemos ser todos,
Onde cada um, poderá ser um,
Onde a virtude será um objectivo
A deificar.

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