quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Escurece lentamente

Escurece lentamente e o luar
Transporta a tua mão despojada
Para lugares onde o sol brilha,
Mesmo quando as lágrimas se tornam
Insuportáveis,
Até as flores destilam opíparos perfumes
Que evocam lugares tardios,
As recordações assumem a forma
De um sussurro murmurado,
Divinizado pela labareda dos teus lábios,
Pressinto o seu ardor inflamar o desejo,
Amplificado pelo
Entrever do teu ventre descoberto,
Olho pela janela, diviso
Florestas, desertos,
Mares, vales, montanhas,
Vislumbro o zénite,
Só por
Desfrutar o prazer da tua presença.

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