domingo, 25 de maio de 2014

Poema para um dia de eleições europeias

A voz transfigura-se num ícone
Desbotado,
Um grito, taciturno, emerge
Embalado pela sua própria onda sonora,
O ar transpira um aroma agridoce,
Dispersa-se, indolente, pelas encostas
Abruptas,
Desce aos vales profundos,
Aninha-se, inocente,
No seio da multidão compacta que
Busca uma pista, um indício
Uma alegoria,
A verdade transverte-se numa 
Iniquidade encoberta e
Atribulada,
Refugiada num turbulento mundo
Onde reina a aristocracia e
O planeta enviesa a sua órbita.

É tempo de escutar a ilusão,
Transformar a utopia
Em acontecimento.

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