quarta-feira, 16 de março de 2016

Um voo planado na fronteira da quimera

Um voo planado na fronteira da quimera,
Em absoluto inefável,
Indelével,
Uma visão iconoclasta enraíza-se na subversão
Da mente,
Submete-se a um escrutínio total,
Subleva-se na liberdade do quotidiano,

Suavemente o altímetro calibra a pressão atmosférica,
Arreiga-se num projeto, numa
Sinceridade,
Ficcionada ou real,
Alimenta-se de vocábulos dispersos,
Na perfeição da paisagem que se
Estende por uma infinidade de pontos de vista,
Iliba os réus incógnitos,

O panorama cobre-se de cores versáteis,
Arredonda os picos alcantilados,
Namora as montanhas e as planícies,
Norteia o rio para o mar,
Volteia num afã agreste,
Quase lítico,
Numa versão autónoma da realidade que se

Transcende,
Roça o surreal da vida numa
Versão dionisíaca,

Esvaece num tempo ideal,
Adormece num emolumento onírico,
Prospera
Porque sabe que o encontro
Está para lá da ilusão
E tem uma vida autónoma
Imersa na autenticidade.

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