domingo, 4 de junho de 2017

A árvore

A árvore, que em ti se plantou,
Tem raízes profundas,

A copa refresca numa sombra
Aprazível,
Um alento insondável,
Uma beleza indelével,

Um esquecimento prolongado e
Lenitivo
Espairece num círculo de pedras fúlgidas,
Excita-se
Numa combustão sensual,

Os ramos entrelaçam-se em
Labirintos afáveis,

O sol espelha uma seiva
Opulenta,

As folhas marulham segredos
Intemporais,

As tempestades abraçam-na com
Carinho,
Inteligível,
Indomável,
Apetecível,

Borboletas de cores translúcidas
Esvoaçam na lucidez do caminhos,
Deliberam,

Omnipresente,
O sabor reluz na plataforma do
Pôr-do-sol, 
Burila no horizonte uma luminosidade
Aquiescente,

Uma brisa que
Refresca nos teus braços,
Escalda o olhar sedento,

Um enlace improvável,
Presumível,
Se ponderado,

Ritmo transversal às décadas
Consumidas
Num instante,

Uma aventura ecuménica
Plasmada numa fotografia
Quieta no tempo,

Mas sempre em
Transformação. 

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