sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Borboletas

Num espaço confinado,
Entre borboletas criadoras de um vórtice tentador,
Derrama-se por eternidades definidas no
Tempo,

Recrudesce de intensidade
Numa esplendorosa erupção,
Vitrifica os emolumentos da
Vida,

Dispara, certeira, uma palavra
Emocionada de alegria,
Um carinho,
Diverte, diletante, um público
Estreante,

Um passo no sentido dos ponteiros do relógio,
Espraia-se
Numa praia distante,
Ouve-se um rumor inquieto,
Por onde o cometa cruza o céu negro,
Deixando um rastro leve,

De um outro lado,
Num outro lugar,
Escuta-se o silêncio abrindo portas para o
Desconhecido,
Talvez encontrado,
Talvez perdido,
Provavelmente, algures, entre os dois extremos,

Ou, quem sabe,
Numa outra galáxia,
Outra dimensão,
Para lá do universo,
Algures escondida no labirinto do
Multiverso,

Ofuscante,
Derrete o gelo que
Borbulha na bebida transparente,
Embacia o copo,
Liberta ligeiras nuvens que se condensam no
Ar quente,

Libertam minúsculas partículas,
Adoçam o ar,
Volteiam na brisa,
Abrem as asas para o sol,
Apesar da chuva desabar com violência,
Voam,
Voam por alturas imensas,

Afinal são borboletas que alimentam o mundo
De cor,
Batem as asas e, num lugar distante,
Uma tempestade irrompe,
Afinal as borboletas voam e
Dignificam a multiplicidade de significantes
De um tema,
De uma vida,
Da liberdade!

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