quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Utopia

Sonho este planeta, talvez numa dimensão paralela, que a física quântica torna uma possível realidade.
De uma cor azul marítimo, visto ao longe, uma bola a pernoitar no espaço, entre matéria negra misteriosa.
Sonho um planeta muito parecido e ao mesmo tempo diferente.
É habitado por seres que de humanos como nós, de humano só tem o nome.
Porque tendo cabeça, tronco e membros, são constituídos por uma matéria a que se chama ética.
E logo essa ética lhes dá um valor inumano, que transcende a própria humanidade.
Gostava de viver nesse planeta que na falta de um nome traduzível em qualquer língua planetária, lhe poderíamos chamar utopia.
A tecnologia desenvolveu-se numa direcção perplexa.
Se não existem telemóveis nem televisão, existem livros, computadores, e energias renováveis.
Neste mundo paralelo não existem algumas palavras do nosso quotidiano, como guerra, fome, injustiça, egoísmo, capitalismo, socialismo, como se pode ver não existem muitos “ismos”, talvez altruísmo seja mesmo a única excepção.
Não há governos nem sequer governados, a anarquia não é apóstata, mas sim uma das poucas regras que existem, mas nem sequer escrita está.
A perfeição é uma busca pessoal, calma e desinteressada, mas a mediocridade, não sendo proscrita, não é acarinhada nem bajulada.
É um mundo colorido onde a felicidade não é embrutecida.

1 comentário:

Jotas disse...

Meu caro, com um grande apreciador da natureza e por cosequência do belo, temo que relmente tudo isso seja uma utopia.
Um bom ano e o convite para que visite o meu espaço "alma gémea"