domingo, 14 de junho de 2009

Nascem com um sabor de incerteza

Nascem com um sabor de incerteza. Por vezes crescem
Em volumes inauditos, transformando-se em películas de
Cores espalhafatosas.
Ecoam por vales perdidos, ocasionalmente provocam
Tremores de terra induzidos por lançamentos hormonais.
Outras apaziguam-se metamorfoseando-se em ribeiros
De um caudal estival.
Deslocando-se preguiçosamente numa paisagem queimada e
Estéril. Evaporando-se na medida em que percorrem distâncias
Apreciáveis.
Em alguns casos, na maioria das vezes, são uma planície desprovida de Surpresas.
Um horizonte baixo, uma iníqua maneira de ser. Um
Nada rotundo e obeso.
Ainda existem ocasiões em que são obliterados, esquecidos,
Aliviados numa amálgama de suor e tristeza.
Noutras são planaltos, tão lisos como as planícies, mas mais
Altos. Altura que propícia o voo e confere
Uma estabilidade livre de preconceitos, uma grandeza construída por
Serenidade.

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