sexta-feira, 25 de junho de 2010

Perscruto o horizonte

Perscruto o horizonte,
Ao de leve,
Como se esperasse o sol que se eleva
Muito além das possíveis demandas.
Conjecturo o movimento a estender-se
Pelas ruas
E terminar no seio da interrogação.

Suspendo, por segundos, a respiração,
O sossego abraça-me na
Tranquilidade desta colina
Encostada ao oceano,
Ainda que longe em distância,
Perto em pensamentos.

Olho, mais uma vez, através da neblina
Que esfiapa os sentimentos,
Inculca-os em circunstâncias esquecidas,
Aprofunda o enigma,
Abre portas que encimam percursos,
Acolhe-nos com palavras de bonança,
Vocábulos de esperança.

Mais um passo, e aproxima-se o
Entardecer,
Envolve as memórias em ribeiros
Cristalinos que perfuram a solidez das pedras,
Refrigeram a sede,
Amansam a febre,
Aliviam a dor,
Apaziguam-nos
Serenam,
Pelo menos mitigam as
Tempestades.
Temperam a vida!

1 comentário:

cmgradin disse...

"horizonte", "memória" - não sei se, muitas vezes, não prefiro o Dia, mesmo com tempestade - pelo menos está ali, no momento, para eu o Sentir, bem perto