quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Tempo

Há tempo,
A tempo de te encontrar
A escrever num caderno de capas plásticas,
Numa letra redonda e estilizada,
As memórias de um tempo
De emoções,
Em que as flores proliferavam
Mesmo em ambientes desérticos,
Tempo de alegria e tristeza,
Tempo de suposições,
De devoção,
Ainda que ímpia,
Um resquício da tua boca,
Um sacrilégio
Perdido na impiedade do pensamento.

E apesar das emoções vividas,
Nas recordações que permanecem,
Perdura um tempo banal
Que fenece embebido em
Nostalgia.

1 comentário:

cmgradin disse...

F...está, outra vez, a tocar-me com estes textos. Merda para o tempo que passa e nos dá novas (não sei se melhores) perspectivas