sexta-feira, 21 de setembro de 2012

O luar


O nevoeiro sobe lentamente
Pela serra acima,
Torna os contornos das penedias difusos,
Perdidos entre a realidade e o devaneio.
Olho o distante nublado,
E vejo a subtileza do teu corpo nu,
Revolto nos brancos lençóis da cama,
Exposto ao luar
Que perfura uma nesga
Da densidade cinzenta das nuvens,
Transgride uma fresta da janela
E depõe um ósculo prateado
No teu alvo seio.

Sem comentários: