quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Manifesto para dois mil e catorze

Que dois mil e catorze
Seja um ano para
Acordarmos,
E unidos
Digamos,
Bem alto e forte,
Basta!

Basta que nos atirem para cima com o
Vocábulo
“Mercados”!
O que significa?
Que um pequeno grupo de bancos e outras organizações
Financeiras
Se sobrepõem aos interesses dos Estados e governos
Eleitos por milhões!

Dizem-nos que “vivemos acima das nossas possibilidades”!
O que quer isto dizer?
Que uns poucos lambuzaram-se com subsídios,
Construção de autoestradas
E outras tretas que tais,
Agora nós pagamos todo esse fausto!

Dizem-nos que temos de ser honestos
E pagar na totalidade a nossa dívida,
Mas
É necessário interrogarmo-nos
Porque é que a Alemanha, em 1953,
Viu a sua dívida perdoada em dois terços
E agora é negada aos outros essa possibilidade?
Porque seremos nós diferentes?

Basta que nos enganem com a frase
“A crise é para todos”,
Se assim é,
Como é possível que haja mais ricos em Portugal?
Como é possível que os ricos sejam mais ricos?
Como é possível que a classe média esteja em vias de extinção?
Como é possível que os pobres fiquem mais pobres?

Basta,
Chega de políticos medíocres,
De interesses ocultos,
De embustes, de meias verdades,
De mentiras!

Basta de liberalismo económico,
Que é uma teoria que solenemente me irrita
Pelo facto de, quando se trata de distribuir os lucros,
Estes são apenas para os acionistas,
Quando os prejuízos surgem, são para todos pagarem,
Porque o “risco é sistémico”!
O que quer que isto signifique!

Dois mil e catorze
É altura de acordar!
E de clamar,
Com convicção,
Basta!

Dois mil e catorze,
Seja o ano em que exigiremos
Ser tratados com respeito,
O ano de conquistar
Liberdade de verdade!

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