quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Na poeira da História

A borboleta esboça sonhos no ar desconexo,
Esvoaça entre rododendros coloridos,
Liberta um espaço grandiloquente
Onde satisfaz desejos vespertinos,
Esquece uma memória esbatida
Na paleta amarelecida de um velho
Álbum de fotografias,
Perdido no atravancado fundo
Da gaveta da memória,
Solta-se uma agnóstica meditação,
Estabelece uma ligeira brisa
Amolece a teia da vida,
Absorve energias,
Inviabiliza o sentido da transformação,
Doce espanto,
Subtil encanto
Gera eloquente discurso
Perdido na poeira da História.

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