domingo, 16 de novembro de 2014

Vistos “gold” e outras coisas que tais…

Vivemos numa sociedade que promove
Vistos “gold” para uns poucos,
E nenhuns, nem de latão, para quem deles
Realmente necessita,
Um mundo que dispensa vassalagem
À riqueza,
Está submerso numa religião,
Que não sendo nova,
Está impregnada de um moderno
Fundamentalismo,
Onde
Não há moral nem ética,
Apenas o lucro interessa,

Irrelevante como foi obtido,
Legal, ilegal, diamantes de sangue,
Um ou outro assassinato, um pequeno ou grande contrabando
De estupefacientes,
Umas crianças, em qualquer país do mundo,
A trabalharem de sol a sol,
Em condições insalubres,
Por um insignificante salário,
Eis os renovados esclavagistas,
“Negreiros” sem barco
Mas igualmente responsáveis pela pauperização
Que grassa no planeta.

Só quem usufrui de riqueza tem todos os direitos,
Onde para a célebre assunção liberal,
“Todos nascemos iguais”?
Esta´dissipada em benefícios,
Negócios fraudulentos,
Em leis iníquas, destinadas a favorecerem
Uns
Em detrimento da maioria,

Um novo racismo que,
Se da cor da pele não se alimenta,
Banqueteia-se na coloração dos “Visa”, “Master Card” e quejandos,
Uma nova aristocracia, não tendo títulos,
Tem ações, negócios claros, alguns mais cinzentos, outros escuros,
Aqueloutros infetados pelo crime e depravação,
Um novo clero corrupto, que venera, bajula, curva-se, saliva,
Esgravata alguns migalhos,
Abre portas, estende passadeiras vermelhas,
Oferece-se como qualquer prostituta de Babel,
Fornica despudoradamente os mais fracos,
Alimenta-se da penúria,
Esfrega-se lascivamente no ouro
Em orgias nauseabundas.

E os governos, os políticos?
Se não são coniventes,
Dobram a coluna vertebral,
Oferecem isenção de impostos, paraísos fiscais e todos os
Artifícios legais e semilegais para as multinacionais
Se escapulirem às devidas tributações,
Os cidadãos, esses
São obrigados a pagar todas as contribuições,

Um dia são ministros, secretários de estado,
No outro são administradores das empresas, bancos, ou,
Melhor ainda, são nomeados administradores não executivos,
Um eufemismo para uma reforma dourada,
Enquanto negam pensões a quem trabalhou.

E no fim desta pirâmide,
Suportando o peso de toda esta corrupção, injustiça e
Perversidade,
Está o povo,
De novo despromovido a “Terceiro Estado”,
Intrujado,
Humilhado,
Desapossado de direitos,
Com diplomas do Ensino Superior a mais,
Condenado a servir a nobreza dominante e,
Descalço e de cabeça descoberta,
Implorar por umas migas,

Até ao momento
Em que acorde
E descubra que é a maioria,
Rompa com o cativeiro,
E possa,
Finalmente,
Conceber uma 
Humanidade mais justa!

1 comentário:

cristina disse...

Vou voltar a ler, mas com a Internacional como fundo. Há muio que não lia um texto destes