segunda-feira, 6 de junho de 2016

Respiramos na profundidade do ar (a amizade que o tempo e o afastamento não diluiu)

Respiramos na profundidade do ar,
Intimamente,
Numa atmosfera de átomos liquefeitos em conversas
Entrecruzadas,
Balbuciar de memórias
Perdidas e
Achadas,
Libertadas
Numa noite dilatada na madrugada,

Enlevam-se momentos díspares e
Tonitruantes,
Abatem-se sobre os pensamentos fátuos,
Sempre efémeros
Mas inequivocamente
Sólidos e permanentes,
Constroem pontes que transpõem precipícios latitudinários,

Absorvem os ausentes,
Sempre presentes,
Assumem o condicional,
Demoram-se no presente,
Escavam o futuro,
Diluem-se,
Encorpam-se,

As pessoas
Permanecem sólidas e
Entusiásticas,
Divertem-se
Na liberdade de fruir e
Construir,

Celebram vidas,
A vida,
Os muitos renascimentos,
Incrustam-se em momentos,
Ataviam-se de afetos,
Lobrigam sentimentos,

Entreajudam-se,
Altercam,
Discordam, Concordam,
Engajam-se,

Crescem!

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