domingo, 12 de junho de 2016

Vento que acaricia o tempo

Vento que acaricia o tempo, Distancia-se
Entre dois momentos,
Instala um legado de imponderabilidade,
Flutua num mar sobrenatural
Sob a ação de um qualquer campo gravitacional,
Um âmbito desconhecido pela física contemporânea
Mas circunscreve-se nas ações humanas,
Mesmo quotidianas,
Embebe-se numa tisana entretecida pela vida,
Oscila levemente num equilíbrio persistente,
Arde, Delira,
Transpira, Insinua-se,
Adormece, Sonha,
Persiste num regozijo
Primordial,
Abrasa e aconchega,
Alimenta-se do pequeno nada,
Medra nas atitudes,
Triunfa nos gestos,
Embeleza-se no olhar,
Acorda no alvorecer de um qualquer dia e
Resiste!

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