sexta-feira, 28 de março de 2008

Amor

Sinto, teus passos dentro
de mim.
Esqueço o resto,
só a tua respiração
a abrir janelas
reposteiros
afastados para o desconhecido.

Exploro teus dedos ternos.

Ouço-te
na espera do adormecer,
por vezes, no banco do comboio
entre uma ou outra vaga do mar,
ao longe.
Outras, até no silêncio do pensamento
quando se conversa. Até na
folha que escrevo
ainda na fotografia que não tenho.

Gostava de estar onde estás.

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