quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Biodiversidade

Se uma rosa petulante, ousada, ecuménica, estivesse
Num mundo. Seria como um malmequer, outra vez desenhado,
Como se parecesse carvão. Um delírio. Outra senão a
Mesma. È um som episcopal. Estrídulo. Uma
Borboleta de asas multicoloridas. Abrindo caminhos. Como
Pétalas caídas, embrulhadas em fetiches. Violentos.
Para lá do normal.

A rosa. Uma flor de espinhos e sangue. Uma
Aptidão intrínseca. Seria um lírio. Uma
Aguarela em tons verde pálido. Ousadia incontroversa
Parda, onde se acaba. Talvez se comece. Sempre agonia.

Monstruosa sequóia. Imponente. Paleolítica de incompreensíveis
Movimentos aéreos que deturpam realidades translúcidas. Hoje
Que se ergueu a multicelular resposta. Incompreendida. Absoluta como
Uma majestade no seu ninho de pinho e cerume. Rapidez
Atrás de outras inimagináveis razões.

Castanheiro. Milho transgénico ondulante na seara de ouro.
Ou talvez pirita, que os tolos fazem de ouro. Porque brilha
É amarela, mas não é do prazer de todos nós.
Cansado, ainda assim prevejo que se transforme na tristeza
Sentida ou balbuciada.

Sentido perverso. Incólume na atitude pintalgada de
Algas de açúcar. Ornitorrinco. Antigo no passado que fica
Lá no Peloponeso. Ou em outros lugares que se assemelhem e
Mesmo que muito diferente sejam. Sempre sonhei com os
Andes, com o mítico, para lá da consciência.

Lucy, sinónimo de caminho para a Humanidade iniciado em
África e hoje, pelo menos num sentido simbólico, parece lá terminar.
Australopiteco. Homo Erectus. Neandertal. Cro-Magnon.
Terá porventura qualquer sentido? Será um beco?

Um manancial de dúvidas. Um requerimento em formato digital.
A celeuma repercute-se em violetas pedunculadas. Agora
Na noite insana, aquela em que sempre se augura uma
Tisana, é sempre visível, em qualquer azimute, um vocábulo que
Por mais vernáculo ou futurístico ou
Proveniente de acordos linguísticos é sempre um exemplo de
Biodiversidade.

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