quarta-feira, 10 de março de 2010

A noite

A noite fustiga o pássaro de vidro que
Repercute uma melíflua nostalgia,
Como a ressarcir instantes de uma
Pretérita existência.
Abranda a vida, sacode o olhar,
Instiga uma ideia,
Assume-a,
Expande-a num tom épico,
Grafa-a,
Como que a gravá-la
Para o futuro
Onde a saudade sobrevive
Na memória.

1 comentário:

crisgradim disse...

não sei se entendi bem este poema.
Só o "épico" parece dar-lhe algum tom de vida - tudo o resto é "noite", "nostalgia" e "pretérito", que, acho eu, tem de ser assumido e está cá. Mas, "gravá-lo para o futuro", para a "saudade"?