segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Um inescrutável mar de Inverno,

O sol busca romper
Por entre os fiapos da névoa
Que entretecem a manhã
Engalanando-a de tons sorridentes.

Contemplo
Um inescrutável mar de Inverno,
O rumor das ondas
Ricocheteia no espírito.
Do nevoeiro emergem
Dissimulados os
Perfis de várias ilhas,
Inventam ilusões e
O vai e vem da maresia
Desenha imagens fátuas na areia
Que se dissolvem em
Recordações desenfreadas,

Tocar ao de leve a tua face,
Explorar a riqueza das
Tuas ideias,
A beleza interior,
Afagar os teus sentimentos
É um poema por si só.

Nesta imensa praia deserta
Deleito-me com o voo das gaivotas,
Com a aridez das arribas,
Com a solidão deste litoral encantado,
Com os destroços que povoam o areal,
Com os pensamentos,
Com a vida,
Contigo.

Praia d’El Rey, 23 de Janeiro

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