domingo, 9 de agosto de 2009

Dicotomia

O luar paradoxalmente escurece a razão
Transporta para reinos de fantasia, onde
O sonho e a realidade convivem
Numa entreajuda trivial, O devaneio
Transmuta o idílio, A conversão
Em Feng-shui,
Interpolada em Vento e Água
Conjuga um Verbo insondado,

Elabora no contínuo do tempo,
Encurta a distância dos
Primórdios. É uma achega do
Início, Germinam memórias,

Entrelaço sensibilidades, Opto
Por progredir para o destino, Que fica
Encarcerado num cárcere, aparentemente áureo,
Mas falível como os humanos. A
Perplexidade arrebata e embaraça

Aquilo que somos,
O propósito que nos impele, que nos
Veleja ao capricho do ciclone, que
Nos acicata a examinar e
Aprofundar as nossas cogitações,

Transcende em polinómios que
Expugnam a palavra para paragens
Arredadas.

Inquiro mais uma divindade,
Ubíqua na sua perplexidade,
Rejeita refutações
Na sua lógica de deidade,

Perscruta como se uma
Diva explorasse e especulasse sobre a nossa
Índole. Enredada em efémeros
Caprichos, Oculta axiomas perdidos na
Luz da lua, realce de
Labaredas tresmalhadas neste
Imensurável cosmos.

Imobilizo-me nesta precisa
Circunstância. A
Conjuntura é titubeante, mesmo
Irresoluta.
Procuro um exórdio, mas
Aspiro permanecer!

Aposso-me de preceitos íntimos.
Indago por tempos inextinguíveis,
Examino pelejas semânticas,
Eclipso pleitos exotéricos.

Procuro o que nos torna mortais,
Aquece no Inverno, e
Transmuta a realidade em
Verdade.

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