quinta-feira, 27 de agosto de 2009

O aquífero

O aquífero flui volátil para Norte. Urde
Motivos geométricos, enquanto de manhã se
Estabelece uma noção de vazio acidental pelo que
Tu viajaste para lá da linha de perspectiva como num
Quadro renascentista, de repente vivificado,
Revolucionado em quatro dimensões. Amanhã
Será como se um dia nascesse entre um infinito. O relógio
Trabalha mas os ponteiros não avançam. Dia perfeito, acolhe
Tua existência sincera, soberba.
Abrem-se as portas de uma sala sumptuosa, voam rosas,
Orvalham de perfume todos os recantos. Crescem
Espíritos entrevistos. O recinto medra, amplifica-se
Aproxima-se do tamanho do Universo. Abre-se ao
Teu pensamento, explora grutas, reivindica, persegue
Uma visão, idealiza uma aspiração, fantasia um
Devaneio. Acalenta o corpo, exalta-se, anima-se,
Anda, corre, salta. Alcança. Vai ao fundo,
Emerge, esbraceja, nada para a margem. E
O aquífero move-se para todos os pontos cardeais.

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