Sentado neste granito
Atinge-me a insignificância e
Importância da vida.
Na corrente da existência
Os pensamentos
Brilham como velhos artefactos
De um imaginado passado.
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
domingo, 27 de setembro de 2009
Feitiço
Articula palavras de mel.
Um sorriso perpassa pelos lábios.
Uma carícia estremece no corpo.
Um feitiço inunda os movimentos.
Assume um desejo,
Promessa de um dilúvio.
Um sorriso perpassa pelos lábios.
Uma carícia estremece no corpo.
Um feitiço inunda os movimentos.
Assume um desejo,
Promessa de um dilúvio.
Acaso
A certeza do saber
É como perceber,
É ter uma latitude e longitude.
Assumir uma localização precisa
A que a espuma do tempo
Adiciona alento.
Procurar azimutes entre as
Possíveis coordenadas.
Gizar planos em permanente
Mutação.
Obedecer e refrear impulsos.
E o acaso improvisa rumos
Que se abrem a futuros desconhecidos.
É como perceber,
É ter uma latitude e longitude.
Assumir uma localização precisa
A que a espuma do tempo
Adiciona alento.
Procurar azimutes entre as
Possíveis coordenadas.
Gizar planos em permanente
Mutação.
Obedecer e refrear impulsos.
E o acaso improvisa rumos
Que se abrem a futuros desconhecidos.
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Noite...
A noite vibra com o sussurro do
Oceano que se espraia.
Na linha do horizonte os barcos
Embalam a existência.
Olho e quando
Olho estamos sós no
Imenso areal.
Erramos entre as constelações
Perdidos dos homens...
Esquecidos do tempo...
Oceano que se espraia.
Na linha do horizonte os barcos
Embalam a existência.
Olho e quando
Olho estamos sós no
Imenso areal.
Erramos entre as constelações
Perdidos dos homens...
Esquecidos do tempo...
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
É preciso
É preciso girar o mundo nas mãos
Como se fosse uma bola de trapos colorida.
Se os trapos aspirarem a ser vida,
A vida é de trapos que a pintam
De cores coloridas.
É preciso gritar para que a dor crie
Um espaço que se torne
Um sítio de fuga!
Quando a fuga se converte em vida,
Fugir é um acto da vida.
É preciso ler para que os livros
Se gastem de conhecimentos.
O saber espalha as notícias por todos os ventos.
Onde o vento se constitui vida,
A vida sopra em tormentas.
É preciso correr para agitar a vida,
Brincar com a espuma, gerar bolas de sabão.
Se as bolas de sabão forem vida,
A vida será ténue e frágil,
Ainda assim será vida.
É preciso cantar para que
A voz seja audível, transponha barreiras
Alcance o desconhecido.
Se a vida cantar, a voz terá um caminho
A percorrer, alguém a alcançar,
Uma verdade para irradiar.
É preciso iluminar para que a
Luz brilhe na noite e adquira um
Glamour de estrela de Hollywood.
Traduz-se em vida saída de um ecrã,
Como ficção vira um artefacto que se
Transporta como troféu para gáudio das
Multidões idiotizadas.
É preciso que a vida nasça, cresça e morra
Constitua uma narrativa épica, trágico-cómica
Que se vá dilatando com a poeira dos aniversários,
Embrulhe novelos que não desfiam.
Este percurso transforma-se em vida.
A vida replica um percurso entre a vida e a morte,
Um absurdo, acidente ínfimo no plano do Cosmos,
Insignificante vida.
É preciso que a vida conquiste significado
E cative o acto de viver como personificação da vida.
Assuma contrariedades e goze alegrias,
Converte-se num caminho íntimo e
Ao mesmo tempo partilhado.
Então há vida que valerá viver.
Como se fosse uma bola de trapos colorida.
Se os trapos aspirarem a ser vida,
A vida é de trapos que a pintam
De cores coloridas.
É preciso gritar para que a dor crie
Um espaço que se torne
Um sítio de fuga!
Quando a fuga se converte em vida,
Fugir é um acto da vida.
É preciso ler para que os livros
Se gastem de conhecimentos.
O saber espalha as notícias por todos os ventos.
Onde o vento se constitui vida,
A vida sopra em tormentas.
É preciso correr para agitar a vida,
Brincar com a espuma, gerar bolas de sabão.
Se as bolas de sabão forem vida,
A vida será ténue e frágil,
Ainda assim será vida.
É preciso cantar para que
A voz seja audível, transponha barreiras
Alcance o desconhecido.
Se a vida cantar, a voz terá um caminho
A percorrer, alguém a alcançar,
Uma verdade para irradiar.
É preciso iluminar para que a
Luz brilhe na noite e adquira um
Glamour de estrela de Hollywood.
Traduz-se em vida saída de um ecrã,
Como ficção vira um artefacto que se
Transporta como troféu para gáudio das
Multidões idiotizadas.
É preciso que a vida nasça, cresça e morra
Constitua uma narrativa épica, trágico-cómica
Que se vá dilatando com a poeira dos aniversários,
Embrulhe novelos que não desfiam.
Este percurso transforma-se em vida.
A vida replica um percurso entre a vida e a morte,
Um absurdo, acidente ínfimo no plano do Cosmos,
Insignificante vida.
É preciso que a vida conquiste significado
E cative o acto de viver como personificação da vida.
Assuma contrariedades e goze alegrias,
Converte-se num caminho íntimo e
Ao mesmo tempo partilhado.
Então há vida que valerá viver.
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Ecos
As ondas sonoras repercutem nas paredes,
Provocam colisões incorpóreas, ecos de
Histórias vividas. Borboleteiam um breve
Instante e planam suavemente.
Ultrapassam a janela abrem-se ao mundo,
Giram por ruas, vales e montanhas.
Transpõem o Olimpo escutadas pelos deuses.
Projectam-se no espaço, aconchegam-se na
Ininteligível matéria negra, projectam-se em
Aglomerados de cintilantes galáxias.
Afundam-se num buraco negro e
Emergem em novos universos.
Alcançam os primórdios da matéria,
Mergulham nos átomos,
Vibram como cordas, ficam inconstantes.
Aparecem e desaparecem.
Excedem a capacidade de compreensão,
Adquirem vida inteligente como a
Ressarcir estafados pecados.
Reinventam-se de modo ininterrupto,
Num eterno apelo a uma imaginação
Incontida que jorra do
Interior das emoções.
Fixam uma rota com a
Esperança de atingir o alvo.
Transportam uma mensagem de amor!
Provocam colisões incorpóreas, ecos de
Histórias vividas. Borboleteiam um breve
Instante e planam suavemente.
Ultrapassam a janela abrem-se ao mundo,
Giram por ruas, vales e montanhas.
Transpõem o Olimpo escutadas pelos deuses.
Projectam-se no espaço, aconchegam-se na
Ininteligível matéria negra, projectam-se em
Aglomerados de cintilantes galáxias.
Afundam-se num buraco negro e
Emergem em novos universos.
Alcançam os primórdios da matéria,
Mergulham nos átomos,
Vibram como cordas, ficam inconstantes.
Aparecem e desaparecem.
Excedem a capacidade de compreensão,
Adquirem vida inteligente como a
Ressarcir estafados pecados.
Reinventam-se de modo ininterrupto,
Num eterno apelo a uma imaginação
Incontida que jorra do
Interior das emoções.
Fixam uma rota com a
Esperança de atingir o alvo.
Transportam uma mensagem de amor!
domingo, 20 de setembro de 2009
Acesa no teu olhar...
No teu olhar profundo
Brilham achas acesas
Prenúncio de fogueiras harmoniosas,
Labaredas carinhosas e convidativas.
Combustão interna, lenta e intensa.
Fogos que pontilham o horizonte.
Acesa no teu olhar a chama...
Ilumina o caminho.
Brilham achas acesas
Prenúncio de fogueiras harmoniosas,
Labaredas carinhosas e convidativas.
Combustão interna, lenta e intensa.
Fogos que pontilham o horizonte.
Acesa no teu olhar a chama...
Ilumina o caminho.
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Vaguear
Vaguear por recantos incertos
Na espera do esplendor do
Sol, Espreita o luzir das estrelas nas suas
Inumeráveis constelações, arquétipos da imaginação.
Contempla o cirandar da lua que impregna visões e
Promove infinitos.
Vagabundo completo mergulhado em
Profunda meditação, bebe o elixir do
Esquecimento que o catapulta para o seio da
Multidão onde adquire o permanente desejo da
Invisibilidade.
Ambiciona deambular sem orientação,
Para onde os passos e o destino o conduzam.
Ermos repletos de rostos anónimos e
Paira longe das iniquidades.
Sente-se só e acompanhado.
Questiona a própria ambição.
Talvez não hajam respostas e o
Caminho seja pavimentado de
Interrogações que oneram a vida
Mas ao mesmo tempo a constroem
E sedimentam.
Ultrapassa mais um trâmite,
Ergue mais um biombo, afadiga-se
Num outro qualquer propósito
Estabelece um melhor disfarce e
Adopta um renovado e diferente papel.
Assume a vida como genuína e benévola.
Interioriza o seu pensamento nómada.
Na espera do esplendor do
Sol, Espreita o luzir das estrelas nas suas
Inumeráveis constelações, arquétipos da imaginação.
Contempla o cirandar da lua que impregna visões e
Promove infinitos.
Vagabundo completo mergulhado em
Profunda meditação, bebe o elixir do
Esquecimento que o catapulta para o seio da
Multidão onde adquire o permanente desejo da
Invisibilidade.
Ambiciona deambular sem orientação,
Para onde os passos e o destino o conduzam.
Ermos repletos de rostos anónimos e
Paira longe das iniquidades.
Sente-se só e acompanhado.
Questiona a própria ambição.
Talvez não hajam respostas e o
Caminho seja pavimentado de
Interrogações que oneram a vida
Mas ao mesmo tempo a constroem
E sedimentam.
Ultrapassa mais um trâmite,
Ergue mais um biombo, afadiga-se
Num outro qualquer propósito
Estabelece um melhor disfarce e
Adopta um renovado e diferente papel.
Assume a vida como genuína e benévola.
Interioriza o seu pensamento nómada.
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Encontro de um sítio na vida
Encontro de um sítio
Na vida. Que se inicia,
Quase delira. É um ponto no horizonte
Que deriva e se aproxima.
Cresce, engrandece-se.
Ateia chamas que rubescem.
Uma opinião prevalece, embora
Velada. Voa alto em voos
Estratosféricos. Desaparece do
Olhar e depois volve tranquila,
Envolta numa serenidade que alcança
A intimidade. Mitiga melancolias.
Origina metamorfoses graciosas e
Airosas. Liberta-se ao deleite do
Vento e capricha na sua
Liberdade.
Vive num lugar dentro de nós…
Na vida. Que se inicia,
Quase delira. É um ponto no horizonte
Que deriva e se aproxima.
Cresce, engrandece-se.
Ateia chamas que rubescem.
Uma opinião prevalece, embora
Velada. Voa alto em voos
Estratosféricos. Desaparece do
Olhar e depois volve tranquila,
Envolta numa serenidade que alcança
A intimidade. Mitiga melancolias.
Origina metamorfoses graciosas e
Airosas. Liberta-se ao deleite do
Vento e capricha na sua
Liberdade.
Vive num lugar dentro de nós…
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
A brisa
A brisa respira, cochicha mistérios e
Traz consigo um odor de saudade que
Arremete fundo.
Assalta sem premeditação e converte-se
Numa amiga que nos guarda e
Auxilia.
A brisa verbaliza narrativas, comunica
Mensagens, exprime nuances.
O sussurro instrui planos, mapas, um
Refrão consciente.
Transporta mensagens, lança-as
Na atmosfera, na luta
Do quotidiano, na criação da
Vida tal como a conhecemos.
E a refrega estabelece-nos como
Somos, acede-nos.
A brisa esculpe emoções,
Origina prodígios.
Traz consigo um odor de saudade que
Arremete fundo.
Assalta sem premeditação e converte-se
Numa amiga que nos guarda e
Auxilia.
A brisa verbaliza narrativas, comunica
Mensagens, exprime nuances.
O sussurro instrui planos, mapas, um
Refrão consciente.
Transporta mensagens, lança-as
Na atmosfera, na luta
Do quotidiano, na criação da
Vida tal como a conhecemos.
E a refrega estabelece-nos como
Somos, acede-nos.
A brisa esculpe emoções,
Origina prodígios.
domingo, 13 de setembro de 2009
Credo
Creio no azul do céu, dos oceanos, dos rios,
Em todas as cores e raças.
Creio na riqueza da vida, nas contradições, nas certezas,
No emblemático das situações procuradas.
Creio nos meandros do caminho, nas suas margens,
Paragens, recuos, avanços,
Na prossecução de objectivos.
Creio na magia da arte,
Na procura da beleza como uma génese da Humanidade.
Creio na universalidade da música,
Na sua força de união, na sua riqueza,
Na sua transversalidade, na sua consciência.
Creio na alegria, na tristeza,
Na força dos sentimentos, na força da comunicação;
Creio na natureza, na ignescente leveza das montanhas,
Nas paisagens telúricas, no infinito do mar,
Na profundidade das tempestades,
No carinho da bonança,
Creio na não-violência, na paz, na filosofia.
Creio na ciência não comprometida com o poder.
Creio na incerteza da física quântica e nas suas possibilidades
De explicar o Universo.
Creio no ateísmo e no respeito por todas as religiões.
Creio, apesar das probabilidades, no Homem,
Mulher, na capacidade de constituírem uma Humanidade.
Creio no encontro entre dois seres,
Na força da paixão,
No êxtase de um pôr-do-sol junto da pessoa amada.
Creio no ser romântico, na importância de namorar,
Na necessidade da sedução contínua,
Creio na pureza dos afectos,
Creio no poder da verdade, da liberdade,
Da amizade, do amor,
Do sonho.
Em todas as cores e raças.
Creio na riqueza da vida, nas contradições, nas certezas,
No emblemático das situações procuradas.
Creio nos meandros do caminho, nas suas margens,
Paragens, recuos, avanços,
Na prossecução de objectivos.
Creio na magia da arte,
Na procura da beleza como uma génese da Humanidade.
Creio na universalidade da música,
Na sua força de união, na sua riqueza,
Na sua transversalidade, na sua consciência.
Creio na alegria, na tristeza,
Na força dos sentimentos, na força da comunicação;
Creio na natureza, na ignescente leveza das montanhas,
Nas paisagens telúricas, no infinito do mar,
Na profundidade das tempestades,
No carinho da bonança,
Creio na não-violência, na paz, na filosofia.
Creio na ciência não comprometida com o poder.
Creio na incerteza da física quântica e nas suas possibilidades
De explicar o Universo.
Creio no ateísmo e no respeito por todas as religiões.
Creio, apesar das probabilidades, no Homem,
Mulher, na capacidade de constituírem uma Humanidade.
Creio no encontro entre dois seres,
Na força da paixão,
No êxtase de um pôr-do-sol junto da pessoa amada.
Creio no ser romântico, na importância de namorar,
Na necessidade da sedução contínua,
Creio na pureza dos afectos,
Creio no poder da verdade, da liberdade,
Da amizade, do amor,
Do sonho.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Metáfora
Um espelho d’água no calor do deserto
Sacia a sede, Acalma a sofreguidão.
Mergulhar na transparência das suas
Águas, experienciar a sua frescura,
Nadar na leveza da sua corrente
Conduz até territórios desconhecidos,
Fronteiras do devaneio.
A sombra das palmeiras abriga-nos da
Inclemência dos raios solares.
Proporciona a uma aragem aprazível que
Oferece o bem-estar.
As suas verdejantes margens proporcionam
Leito e abrigo. São um conforto,
Portas da felicidade.
O seu brilho…
Reflecte-nos!
Sacia a sede, Acalma a sofreguidão.
Mergulhar na transparência das suas
Águas, experienciar a sua frescura,
Nadar na leveza da sua corrente
Conduz até territórios desconhecidos,
Fronteiras do devaneio.
A sombra das palmeiras abriga-nos da
Inclemência dos raios solares.
Proporciona a uma aragem aprazível que
Oferece o bem-estar.
As suas verdejantes margens proporcionam
Leito e abrigo. São um conforto,
Portas da felicidade.
O seu brilho…
Reflecte-nos!
Paz
Na nívea calçada os passos intercalam tímidos
Trajectos. Ecoam levemente perturbando a doce
Quietude das casas. O entrançado das sombras
Percorre de mansinho a rua, desenha sonhos
Etéreos que evolucionam e satisfazem a
Vida inundando-a de paz.
Trajectos. Ecoam levemente perturbando a doce
Quietude das casas. O entrançado das sombras
Percorre de mansinho a rua, desenha sonhos
Etéreos que evolucionam e satisfazem a
Vida inundando-a de paz.
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Desejar acontecer
Percorrer a vida. Procurar sem
Procurar.
Encontrar como se nada de mais
Natural existisse.
Intuir as certezas.
Desejar acontecer.
Procurar.
Encontrar como se nada de mais
Natural existisse.
Intuir as certezas.
Desejar acontecer.
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
A campanha eleitoral numa perspectiva surrealista, Setembro de 2009
Procurem mimos, palhaços e saltimbancos.
Tragam bobos, cómicos e arlequins.
Aplaudam ingénuos, simplórios e crédulos.
Renasçam néscios, pategos e papalvos.
Chamem burlões, intrujões e trapaceiros.
Profiram arrazoadas em nome do povo.
Cativem a assistência,
Façam vibrar o auditório.
Convoquem as assembleias.
Organizem manifestações e happenings.
Transformem o país num exemplo de sucesso.
Utilizem a televisão, internet e SMS.
Façam transitar a mensagem,
Embrulhem-na em papel de seda colorido.
Agitem os perfumes,
Dispersem os odores.
Profetizem prodígios.
Vaticinem encantamentos.
Predigam vitórias.
Arenguem, falem, dissertem, preguem, discutam,
Não se cansem.
Entornem lágrimas reptilárias.
Acusem os sinceros, inócuos e inocentes.
Persigam os bardos e poetas.
Ataquem o génio e a inteligência.
Afrontem os bondosos e meigos.
Ridicularizem os diligentes e laboriosos.
Cultivem a vulgaridade, a mediania, a mediocridade.
E sobretudo gargalhem…
Tragam bobos, cómicos e arlequins.
Aplaudam ingénuos, simplórios e crédulos.
Renasçam néscios, pategos e papalvos.
Chamem burlões, intrujões e trapaceiros.
Profiram arrazoadas em nome do povo.
Cativem a assistência,
Façam vibrar o auditório.
Convoquem as assembleias.
Organizem manifestações e happenings.
Transformem o país num exemplo de sucesso.
Utilizem a televisão, internet e SMS.
Façam transitar a mensagem,
Embrulhem-na em papel de seda colorido.
Agitem os perfumes,
Dispersem os odores.
Profetizem prodígios.
Vaticinem encantamentos.
Predigam vitórias.
Arenguem, falem, dissertem, preguem, discutam,
Não se cansem.
Entornem lágrimas reptilárias.
Acusem os sinceros, inócuos e inocentes.
Persigam os bardos e poetas.
Ataquem o génio e a inteligência.
Afrontem os bondosos e meigos.
Ridicularizem os diligentes e laboriosos.
Cultivem a vulgaridade, a mediania, a mediocridade.
E sobretudo gargalhem…
domingo, 6 de setembro de 2009
Sinto a música fluir
Sinto a música fluir entre as
Espirais da imaginação.
Sinto as notas persuadirem
A razão.
Sinto-a como me inspiras.
Espirais da imaginação.
Sinto as notas persuadirem
A razão.
Sinto-a como me inspiras.
sábado, 5 de setembro de 2009
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Romance de um dia de Inverno, Firenze
Abro a janela ao sol que penetra
Feérico, desperta miríades de gotículas de pó
Que tremeluzem ao sabor da onda luminosa,
Partículas de uma memória do futuro.
Os reflexos na neve criam a ilusão de profundidade,
Evocam o esbatido dos relevos de Donatello.
Inspiro lentamente o ar que transporta a distante
Harmonia de uma tarantella.
O frio invade o quarto, condensa a respiração,
Produz dois ténues fios de vapor que
Caprichosamente se unem e
Evocam uma forma uníssona.
A sua perfeição transcende Eros,
Naturalmente a emoção
Submerge em lençóis e carícias,
Dissolvem-se os lábios, fundem-se as bocas.
Exploram-se recantos de jardins interditos,
Sobrelevam-se em paraísos reservados que
Nela encantam.
Absorvo todo o seu ser em momentos de
Intenso prazer. Ao longe a cúpula de
Santa Maria del Fiore adjectiva a volúpia,
Adiciona ainda mais verve na vida.
O tempo na sua mestria dilata-se na
Equação energética de um quasar,
Liberta a alma, concebe cumes espantosos
Na sua singularidade! Na reprodução de um
Big Bang celular! Na expansão do universo!
Na paixão partilhada!
Passeamos nas calçadas outrora percorridas
Por Leonardo e tantos outros que se erguem à nossa
Passagem como num tributo ao amor.
Imagino Dante sentado em frente à sua secretária
Sonhando com Beatriz.
Cansado sento-me na Piazza del Duomo e percepciono a
Humanidade no seu melhor.
Escurece suavemente exclamando
Aquilo que permanecerá um dia perfeito.
Feérico, desperta miríades de gotículas de pó
Que tremeluzem ao sabor da onda luminosa,
Partículas de uma memória do futuro.
Os reflexos na neve criam a ilusão de profundidade,
Evocam o esbatido dos relevos de Donatello.
Inspiro lentamente o ar que transporta a distante
Harmonia de uma tarantella.
O frio invade o quarto, condensa a respiração,
Produz dois ténues fios de vapor que
Caprichosamente se unem e
Evocam uma forma uníssona.
A sua perfeição transcende Eros,
Naturalmente a emoção
Submerge em lençóis e carícias,
Dissolvem-se os lábios, fundem-se as bocas.
Exploram-se recantos de jardins interditos,
Sobrelevam-se em paraísos reservados que
Nela encantam.
Absorvo todo o seu ser em momentos de
Intenso prazer. Ao longe a cúpula de
Santa Maria del Fiore adjectiva a volúpia,
Adiciona ainda mais verve na vida.
O tempo na sua mestria dilata-se na
Equação energética de um quasar,
Liberta a alma, concebe cumes espantosos
Na sua singularidade! Na reprodução de um
Big Bang celular! Na expansão do universo!
Na paixão partilhada!
Passeamos nas calçadas outrora percorridas
Por Leonardo e tantos outros que se erguem à nossa
Passagem como num tributo ao amor.
Imagino Dante sentado em frente à sua secretária
Sonhando com Beatriz.
Cansado sento-me na Piazza del Duomo e percepciono a
Humanidade no seu melhor.
Escurece suavemente exclamando
Aquilo que permanecerá um dia perfeito.
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Hermenêutica
Fantasiar os teus cabelos lentos
Ao vento
Inflama a imaginação.
Atraiçoa velhas suposições,
Acende combustões febris,
Desembota os sentidos.
Recordar a profundidade do teu olhar,
Imaginar perder-me em tais abismos
Que seriam a inveja de Afrodite
Causa arrepios que peregrinam pelo corpo,
Estimula visões.
Traduz uma hermenêutica.
Ao vento
Inflama a imaginação.
Atraiçoa velhas suposições,
Acende combustões febris,
Desembota os sentidos.
Recordar a profundidade do teu olhar,
Imaginar perder-me em tais abismos
Que seriam a inveja de Afrodite
Causa arrepios que peregrinam pelo corpo,
Estimula visões.
Traduz uma hermenêutica.
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Fio de pensamento
Fio de pensamento, Fio de maravilhas, alucinante
Em desvario ocasional provocado. Esta será
Uma forma de sobreviver, de cantar, de
Embalar prodígios, acrescer poções. Vibro de
Forma descompassada, vigio o voo das aves
Marítimas que sobrelevam o turbilhão das vagas,
Assinaladas com esteiras de espuma verde-prateada.
Na mão o copo vazio refracta as ondas luminosas,
Num turbilhão de cores interpenetradas criam
Bolas de cristal embaciadas de púrpuras substâncias.
Aprendi a escutar na profundidade, a ler na
Ressonância dos timbres. O som silencioso propaga-se
E origina instantâneos de espanto, brados que marinham até
Aos céus, espantam todo o Panteão sobressaltado com estes
Arremedos iconoclastas. O seu zénite foi abalado, perfurado
Pelas ondas sonoras silenciosas.
Aprendi a escrever nas páginas outrora virgens, na
Presença das letras que fundam as palavras que
Adejam para todos os lugares onde (espero) alimentem o
Espírito e se libertem da escravidão escuridão, Cresçam
Livres e autónomas.
Aprendi a ver ler os livros e alfarrábios manuscritos, onde
Impera uma razão, uma sequência lógica. A paz atinge o seu
Sossego pleno. Reconheço histórias escritas faladas, errantes,
Apocalípticas, vibrantes, apaixonadas, telúricas.
Verdadeiras fictícias todas reveladas.
Aprendi a ser deslocar-me de acordo com a vontade,
Para onde me guia a consciência presciência, ser
Independente de mim, procurar encontros desencontros.
Esclarecer dúvidas, estabelecer perguntas ou
Correlacionar teses com as suas antíteses.
Ambiciono abarcar compreender o infinito em toda a sua
Magnitude e multiplicidade de formas. Adicionar a
Vontade e a destreza, argumentar e sobretudo
Cativar a verdade liberdade.
As catedrais assumem luminosidades tântricas,
Esquecidas da obscuridade agigantam-se para os céus.
Os vitrais concebem colorações apoteóticas, crocitantes
Que se reproduzem nas paredes espelho, E progridem,
Alteram-se em mensagens afectuosas ainda que voláteis.
Aprendi a viver pensar no dia noite, na fadiga solidão,
Na multidão. Converteu-se num processo natural e
Contínuo, por vezes esquivo mas sempre presente.
Transporto aquilo que sou, como ser dialéctico
Conjecturo. Os augures, são auspiciosos outras não,
Sempre uma existência a alimentar, coabitar e até
Perseverar num processo de eterna aprendizagem.
Aprendi, reaprendi a amar como a respirar, como se o
Pensamento restitua uma maneira de estar, de existir
Perante o eu, tu e a Humanidade.
Nutro sonhos, quixotescos porventura, são sempre
O alimento que me alenta.
Em desvario ocasional provocado. Esta será
Uma forma de sobreviver, de cantar, de
Embalar prodígios, acrescer poções. Vibro de
Forma descompassada, vigio o voo das aves
Marítimas que sobrelevam o turbilhão das vagas,
Assinaladas com esteiras de espuma verde-prateada.
Na mão o copo vazio refracta as ondas luminosas,
Num turbilhão de cores interpenetradas criam
Bolas de cristal embaciadas de púrpuras substâncias.
Aprendi a escutar na profundidade, a ler na
Ressonância dos timbres. O som silencioso propaga-se
E origina instantâneos de espanto, brados que marinham até
Aos céus, espantam todo o Panteão sobressaltado com estes
Arremedos iconoclastas. O seu zénite foi abalado, perfurado
Pelas ondas sonoras silenciosas.
Aprendi a escrever nas páginas outrora virgens, na
Presença das letras que fundam as palavras que
Adejam para todos os lugares onde (espero) alimentem o
Espírito e se libertem da escravidão escuridão, Cresçam
Livres e autónomas.
Aprendi a ver ler os livros e alfarrábios manuscritos, onde
Impera uma razão, uma sequência lógica. A paz atinge o seu
Sossego pleno. Reconheço histórias escritas faladas, errantes,
Apocalípticas, vibrantes, apaixonadas, telúricas.
Verdadeiras fictícias todas reveladas.
Aprendi a ser deslocar-me de acordo com a vontade,
Para onde me guia a consciência presciência, ser
Independente de mim, procurar encontros desencontros.
Esclarecer dúvidas, estabelecer perguntas ou
Correlacionar teses com as suas antíteses.
Ambiciono abarcar compreender o infinito em toda a sua
Magnitude e multiplicidade de formas. Adicionar a
Vontade e a destreza, argumentar e sobretudo
Cativar a verdade liberdade.
As catedrais assumem luminosidades tântricas,
Esquecidas da obscuridade agigantam-se para os céus.
Os vitrais concebem colorações apoteóticas, crocitantes
Que se reproduzem nas paredes espelho, E progridem,
Alteram-se em mensagens afectuosas ainda que voláteis.
Aprendi a viver pensar no dia noite, na fadiga solidão,
Na multidão. Converteu-se num processo natural e
Contínuo, por vezes esquivo mas sempre presente.
Transporto aquilo que sou, como ser dialéctico
Conjecturo. Os augures, são auspiciosos outras não,
Sempre uma existência a alimentar, coabitar e até
Perseverar num processo de eterna aprendizagem.
Aprendi, reaprendi a amar como a respirar, como se o
Pensamento restitua uma maneira de estar, de existir
Perante o eu, tu e a Humanidade.
Nutro sonhos, quixotescos porventura, são sempre
O alimento que me alenta.
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Uma tela
Entre o perfume de velas que ardem e
Dispersam fragrâncias suaves e harmoniosas,
Remanesce um quadro impressionista, óbvio
Precursor.
Reflexos projectam cores,
Atmosferas transparentes cruzam o olhar...
E num impulso transcendental
Emerge uma pintura
Expressionista.
As cores transbordam, as
Emoções fluem.
O ar cintila, prolonga a imaginação e
Até objectivos
Impensáveis são entrevistos,
Ainda que longínquos,
Tornam-se verídicos
Nem que seja em
Momentos de loucura.
Nasce um novo paradigma que
Propala uma sinceridade principiante,
Assume a inexperiência,
Procura destinos distintos e
Extraordinários.
Dispersam fragrâncias suaves e harmoniosas,
Remanesce um quadro impressionista, óbvio
Precursor.
Reflexos projectam cores,
Atmosferas transparentes cruzam o olhar...
E num impulso transcendental
Emerge uma pintura
Expressionista.
As cores transbordam, as
Emoções fluem.
O ar cintila, prolonga a imaginação e
Até objectivos
Impensáveis são entrevistos,
Ainda que longínquos,
Tornam-se verídicos
Nem que seja em
Momentos de loucura.
Nasce um novo paradigma que
Propala uma sinceridade principiante,
Assume a inexperiência,
Procura destinos distintos e
Extraordinários.
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