quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Vaguear

Vaguear por recantos incertos
Na espera do esplendor do
Sol, Espreita o luzir das estrelas nas suas
Inumeráveis constelações, arquétipos da imaginação.
Contempla o cirandar da lua que impregna visões e
Promove infinitos.

Vagabundo completo mergulhado em
Profunda meditação, bebe o elixir do
Esquecimento que o catapulta para o seio da
Multidão onde adquire o permanente desejo da
Invisibilidade.

Ambiciona deambular sem orientação,
Para onde os passos e o destino o conduzam.
Ermos repletos de rostos anónimos e
Paira longe das iniquidades.
Sente-se só e acompanhado.

Questiona a própria ambição.
Talvez não hajam respostas e o
Caminho seja pavimentado de
Interrogações que oneram a vida
Mas ao mesmo tempo a constroem
E sedimentam.

Ultrapassa mais um trâmite,
Ergue mais um biombo, afadiga-se
Num outro qualquer propósito
Estabelece um melhor disfarce e
Adopta um renovado e diferente papel.
Assume a vida como genuína e benévola.
Interioriza o seu pensamento nómada.

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